Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2020 às 19:27

Em bandeira vermelha, comércio de Caxias do Sul quer funcionar com 25% do quadro

Entidades que representam o setor argumentam que restrições são seletivas e prejudiciais

Entidades que representam o setor argumentam que restrições são seletivas e prejudiciais


Cristhian Silva/Sindilojas Caxias/Divulgação/JC
Roberto Hunoff
Após o anúncio do governo que manteve a Serra na classificação de risco alto para contágio do coronavírus, as diretorias do Sindilojas e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul manifestaram pedido de abertura dos estabelecimentos comerciais com 25% dos funcionários para que todos os comerciantes possam atender os clientes regularmente. Como base para a reivindicação, o Sindilojas cita a aglomeração de consumidores em feiras, as filas em bancos e lotéricas, confraternizações familiares, festas privadas em chácaras, autorização para jogos de futebol em bandeira vermelha, presença de pessoas em parques e praças, mesmo com decreto que determina proibição de acesso, e descontrole na circulação de pessoas nas ruas e ônibus lotados.
Após o anúncio do governo que manteve a Serra na classificação de risco alto para contágio do coronavírus, as diretorias do Sindilojas e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul manifestaram pedido de abertura dos estabelecimentos comerciais com 25% dos funcionários para que todos os comerciantes possam atender os clientes regularmente. Como base para a reivindicação, o Sindilojas cita a aglomeração de consumidores em feiras, as filas em bancos e lotéricas, confraternizações familiares, festas privadas em chácaras, autorização para jogos de futebol em bandeira vermelha, presença de pessoas em parques e praças, mesmo com decreto que determina proibição de acesso, e descontrole na circulação de pessoas nas ruas e ônibus lotados.
De acordo com a presidente Idalice Manchini, a indignação da classe empresarial vem da inexistência de evidência técnica que comprove o impacto do comércio aberto para a disseminação do coronavírus. Ela também critica o fechamento seletivo dos estabelecimentos, com maior rigor de fiscalização em determinados locais, enquanto em outros segmentos o expediente segue normalmente. “A situação atual está insustentável. Os índices de saúde se agravam e não podemos ficar mais na dependência da mudança de bandeira para abrir as portas. Queremos tratamento igualitário para o comércio como um todo. Da forma como está, o desequilíbrio entre quem cumpre a bandeira vermelha e quem ignora é evidente. Se é para atender, que seja com 25% dos funcionários e limitação de pessoas para o acesso aos estabelecimentos”, declarou.
O Sindilojas Caxias ressalta que os estabelecimentos vêm cumprindo com todos os protocolos de segurança para preservar a saúde dos clientes e evitar a contaminação pelo coronavírus. “Uma equação entre saúde e economia exige responsabilidade e bom senso, mas é possível se todos fizerem a sua parte”, defende.
O presidente da CDL, Renato S. Corso, enfatiza que há uma discrepância entre o que é exigido pelo governo e as necessidades da população, já que muitos trabalhadores das chamadas atividades essenciais dependem de local para alimentação e de escola para deixarem seus filhos, entre outras necessidades. “Já estamos com quase 1,5 mil trabalhadores demitidos pelo varejo caxiense. Ao mesmo tempo em que vemos tantas restrições ao comércio, não observamos diminuição no contágio, o que nos dá condições de buscar esse entendimento por parte do governo de que comércio, em especial os micro e pequenos, não podem continuar sendo sacrificados por mais tempo”, defendeu.
 
Baseada nos números de arrecadação de ICMS, a CDL estima que somente o comércio caxiense deixa de faturar R$ 3,3 milhões por dia na bandeira vermelha. No varejo, responsável por 28% do PIB de Caxias do Sul, a projeção é que o rombo ultrapasse R$ 270 milhões até 3 de agosto.
Ao avaliar a decisão, que terá vigência na semana de 28 de julho a 3 de agosto, o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, Ivanir Gasparin, se mostrou bastante preocupado com as restrições ao funcionamento de empresas e com os reflexos destas medidas sobre a atividade econômica local. “Temos dito reiteradas vezes que a falta de previsibilidade está afetando os negócios e enfraquecendo a capacidade de as empresas manterem as vendas e, consequentemente, os empregos”, argumentou. Ele voltou a ponderar que a população de Caxias e Região precisa continuar colaborando com o distanciamento social e evitando, sempre que possível, se expor ou expor outras pessoas ao risco de contágio.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO