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Economia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2018 às 13:51

Endividados buscam mutirão para renegociação de dívidas

Para poder aproveitar a oportunidade no mutirão, os devedores não podem estar com débitos na Justiça

Para poder aproveitar a oportunidade no mutirão, os devedores não podem estar com débitos na Justiça


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Oliveira
Atualizada às 18h
Atualizada às 18h
A possibilidade de começar 2019 com o nome limpo é um dos atrativos para os consumidores que estão dispostos a renegociar suas dívidas. Aproveitando a entrada de receitas de fim de ano, como o pagamento do 13º salário, gaúchos endividados compareceram nesta segunda-feira (10) ao 4º Mutirão de Renegociação de Dívidas, iniciativa do Procon Porto Alegre em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), para tirar dúvidas e fechar acordos.
Com o salário parcelado há 36 meses, a professora do Estado Suzana Marrocco buscou o mutirão pela primeira vez para negociar dívidas adquiridas com cartões da Renner e da Riachuelo. O crédito iniciou com compras pequenas e já soma cerca R$ 2 mil em cada loja. O pagamento do salário incerto fez com que a conta saísse do controle. "Estamos cada vez mais sem data para receber e as contas chegam. Vim em busca de uma resolução possível. Boa vontade eu tenho", diz Suzana.
O porteiro Géverson Rodrigues foi até o evento na tentativa de baixar as parcelas de um empréstimo de R$ 7 mil adquirido junto à Caixa. O valor da parcela ultrapassou a renda do porteiro, e hoje soma uma dívida de quase R$ 20 mil. "Não quero ficar em atraso, mas com esse valor da dívida, não tem como", diz Rodrigues.  
Nesta edição, sete instituições financeiras participam do evento - Agibank, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Banco Renner, Santander e Itaú. Os casos em que a dívida envolve outros bancos recebem orientação de  voluntários para negociações a partir da plataforma consumidor.gov.br, que fica disponível durante o ano todo.
Dívidas de cartão de crédito e de serviços como seguros embutidos em parcelas são os principais motivos que levam os consumidores ao mutirão, de acordo com a coordenadora de Relações Institucionais do Procon de Porto Alegre, Raquel Mambrin. "Algumas pessoas não se sentem seguras para negociarem sozinhas, por isso disponibilizamos uma assessoria para orientar as tratativas", explica Raquel. De acordo com o órgão, muitos consumidores procuram atendimento nesta época do ano, por isso o mutirão é uma alternativa para dar conta da demanda.  
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'A maioria das pessoas sai do mutirão com uma resposta sobre como renegociar seus débitos", diz Perin. Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC
Segundo o professor da Escola de Direito da Pucrs e coordenador do Grupo de Estudos Superendividamento André Perin, a iniciativa ajuda a atender os endividados e também a esclarecer dúvidas dos consumidores. "A resolução dos casos depende muito de cada banco e de cada caso, mas a grande maioria consegue sair daqui pelo menos com uma resposta", diz Perin. Cerca de 300 famílias compareceram na última edição evento. 
Encaixar prestações que caibam no orçamento e ajustar um prazo maior para os pagamentos estão entre as opções oferecidas pela Caixa no mutirão. De acordo com o gerente regional da superintendência do banco em Porto Alegre, Fábio Müller, o momento é propício para as negociações devido ao 13° salário. No caso da Caixa, Müller diz que a maior carteira é o financiamento imobiliário, o que explica a maior parte da demanda por renegociações neste quesito. "Se a pessoa tem disposição e algum recurso para pelo menos uma entrada, a chance de fazer o negócio é muito grande", diz. 
Para participar do mutirão, a dívida não podia ter ação de débitos na Justiça. O evento foi até as 17h no 7º andar do prédio 50 da Pucrs. Foram mais de 150 atendimentos. 
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