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Cultura

- Publicada em 01 de Novembro de 2021 às 19:22

Atração para o público, ofertas dos saldos alavancam vendas na Feira do Livro

Segundo livreiros, vendas nos balaios superam 50% do total nos primeiros dias de Feira

Segundo livreiros, vendas nos balaios superam 50% do total nos primeiros dias de Feira


ANDRESSA PUFAL/JC
Igor Natusch
Até os marinheiros de primeira viagem sabem onde se escondem os grandes tesouros da Feira do Livro de Porto Alegre. É nas laterais das bancas, em caixas discretas ou chamativas, que leitores e leitoras podem encontrar algumas pérolas nos saldos. É preciso ter olhar atento e paciência, tanto para esgueirar-se entre as pessoas quanto para olhar as lombadas, uma a uma, em busca daquele livro perfeito para a nossa estante. Uma caçada bastante lucrativa, tanto para o feliz comprador, quanto para os igualmente felizes livreiros – que comemoram um movimento muito positivo nesses primeiros dias de Feira na Capital.
Até os marinheiros de primeira viagem sabem onde se escondem os grandes tesouros da Feira do Livro de Porto Alegre. É nas laterais das bancas, em caixas discretas ou chamativas, que leitores e leitoras podem encontrar algumas pérolas nos saldos. É preciso ter olhar atento e paciência, tanto para esgueirar-se entre as pessoas quanto para olhar as lombadas, uma a uma, em busca daquele livro perfeito para a nossa estante. Uma caçada bastante lucrativa, tanto para o feliz comprador, quanto para os igualmente felizes livreiros – que comemoram um movimento muito positivo nesses primeiros dias de Feira na Capital.
Na tarde desta segunda-feira (1º), o movimento era intenso na Praça da Alfândega. Na impressão dos vendedores, a presença de público superava o registrado no dia anterior, e estava parelho com o verificado em 2019, quando a pandemia ainda não tinha aparecido no Brasil. E todo mundo é unânime: é do balaio que a maioria das vendas vêm.
"Resolvemos inovar um pouco, estamos fazendo quatro livros por R$ 10,00 e está vendendo muito", comemora Ana Vilk, da Ladeira Livros "A gente achou que ia vender menos, que menos pessoas viriam. Mas, como a Feira reduziu em 40%, e mais ou menos o mesmo público (de anos anteriores) está vindo, as bancas que se dispuseram a estar aqui estão vendendo muito. Acho que quem não veio (instalar bancas) meio que se arrependeu", brinca.
ANDRESSA PUFAL/JC
Renovação frequente nos balaios garante surpresas constantes para compradores. ANDRESSA PUFAL/JC
Segundo Neiva Piccinini, da Livraria Província, a venda nos saldos é mais da metade do total de negócios da banca, e a empolgação das pessoas em voltar ao convívio dos livros é perceptível. "Dá para ver que as pessoas estão ávidas por comprar livros. Claro que, por ser final de mês, as pessoas não receberam ainda, então elas fazem compras menores. Mas, mesmo pequenas, foram muitas (em quantidade), bem acima da nossa expectativa."
Não é mistério que os primeiros dias são os mais atrativos para os desbravadores dos balaios na Feira - mas o livreiro Marco Verri, da Livraria Avenida, traz uma sugestão extra, com a autoridade de quem ergue há mais de 40 anos seu espacinho na Praça da Alfândega. "O último dia também é bom, porque é queima total. Se o livro era vendido por R$ 10,00, já sai por R$ 5,00, que é para não carregar de volta (para a livraria)", ensina. Mas a verdade, reforça, é que sempre vai ter alguma surpresa esperando por um olhar mais atento, em qualquer dia da Feira.
"Nós estamos repondo constantemente (os balaios)", explica Neiva, da Livraria Província. "De vez em quando colocamos algumas pérolas ali no meio, aquele livro que a pessoa vê na caixa e se impressiona. Acaba sendo um chamariz, porque a pessoa leva esse e mais uns dois ou três". A periodicidade dessa recarga valiosa, porém, ela não revela de jeito nenhum. "É loteria, tem que estar no lugar certo na hora certa", reforça, bem humorada.
E a natureza do tesouro, é claro, varia conforme o interesse do cliente. "O que mais sai é literatura, mas às vezes acontece de uma pessoa vir aqui e sair com uns 30 livros de administração ou educação", garante Ana, da Ladeira Livros. "Ontem mesmo (domingo) um cliente saiu daqui com cinco sacolas grandes, cheias só com livros do saldo. É alguém que já deve ter uma biblioteca gigante em casa", admira-se.
ANDRESSA PUFAL/JC
Saldos têm opções para todos os bolsos; alguns acabam adquirindo grandes quantidades. ANDRESSA PUFAL/JC
"Pessoas de todo nível aquisitivo olham o saldo", diz Denise Fillippini, uma das responsáveis pela Livraria Erico Verissimo. "Desde a pessoa mais humilde até a mais abastada, da mais culta à mais singela. Então, todo livro de qualidade que estiver no saldo vai acabar saindo". Animada com as vendas, ela arrisca duas explicações para o fôlego demonstrado nos primeiros dias de Feira do Livro. "Por um lado, colocamos livros bem baratos, com preço para convencer as pessoas a comprar mesmo. E acho que a população está dando valor (à Feira), viram como é ficar sem esse momento, sem esse lugar de encontro. Para o vendedor, Feira do Livro sempre vale a pena, se não pela venda em si, pela satisfação desse contato com as pessoas."
A Feira do Livro estará na Praça da Alfândega todos os dias, das 10h às 19h30min, até 15 de novembro. Além da busca por descobertas literárias nos 56 expositores, há sessões de autógrafos diárias e debates virtuais, dentro do formato híbrido adotado pela edição deste ano. O uso de máscara em todos os ambientes da Feira é obrigatório, e protocolos contra a disseminação do coronavírus são observados. A programação completa da 67ª Feira do Livro de Porto Alegre pode ser conferida em feiradolivro-poa.com.br.
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