Derrota de Marchezan

O prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) citou a falta de comunicação para justificar sua derrota, apesar das boas realizações do seu governo, inclusive pelo pagamento em dia, há dois anos, do funcionalismo municipal. Até aí, concordo. Mas, a falta de comunicação começou e persistiu com ele mesmo. Ninguém prega o conchavo, mas, convenhamos, ele se atritou demais e, penso, às vezes, sem necessidade. Pouco dialogou - ou nada - com a Câmara Municipal. Aí, só apareceram e sobraram as críticas. Uma pena. (Maria Luiza Mello, Porto Alegre)

É bom lembrar quando um candidato perde sendo o prefeito, às vezes são suas posturas e tratamentos com seus pares colocados em análise silenciosa. O Sintran teve várias reuniões com o prefeito alertando que suas disputas sem conciliação iriam levar sua candidatura ao precipício. Devemos analisar que o depoimento de Christian Lemos no próprio governo Marchezan relatou que dois anos da prefeitura foram perdidos em disputas com sindicatos e Câmara de Vereadores. Quando despreza trabalhadores, não reajustando seus vencimentos por direito em nenhuma negociação, explicando não ter verba, ele próprio começa a construir sua derrota. As várias brigas com os vereadores consagrados na política, perdas das verbas orçamentárias das obras e da educação, e brigas constantes com seus secretários, principalmente com o PP. O principal fator da derrota do prefeito foi rifar a eleição, acreditando na sua postura administrativa, erro clássico alimentado pelo egoísmo técnico de radicalização de suas decisões, não obstante a imprensa sempre alertando suas posturas. A vida na política a cada derrota nos traz ensinamentos, mas quando achamos que sabemos tudo, estamos completamente enganados. (Marcelino Pogozelski, presidente do Sindicato de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Sintran)

Para mim, foram eleições tranquilas e sem problemas, embora a grande abstenção aqui em Porto Alegre. Com a pandemia e a segunda onda da pandemia, sei de muita gente que desistiu de comparecer. Importante é que tudo transcorreu dentro da tranquilidade. (Luiz Carlos Ferreira)

Tem colégio particular em Porto Alegre que está endividado e alguns até com salários dos professores e funcionários atrasados. É consequência da crise do coronavírus, pois milhares de pais tiraram seus filhos das escolas. Agora, alguns estabelecimentos fazem campanha com mensalidades baixas, mas a adesão não tem sido grande. Outra tragédia além da Covid-19. Como será o ano letivo de 2021 em Porto Alegre? (Fernanda Matriz, Porto Alegre)