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Política

- Publicada em 16 de Novembro de 2020 às 03:00

Marchezan culpa comunicação por derrota no primeiro turno

Prefeito elogiou gestão financeira e agradeceu à população

Prefeito elogiou gestão financeira e agradeceu à população


FACEBOOK/REPRODUÇÃO/JC
Carlos Villela
Eleito com uma plataforma de mudança em 2016, quatro anos depois Nelson Marchezan Júnior (PSDB) é o primeiro prefeito de Porto Alegre a perder uma reeleição desde a redemocratização. Com 136.063 votos, 21,07% do total, ele ficou em terceiro lugar no pleito, atrás de Sebastião Melo (MDB) e Manuela d'Ávila (PCdoB). "Eu assumo a responsabilidade de não conseguir liderar um processo de comunicação de um legado e de futuro que beneficiaria 1,5 milhão de pessoas", disse o tucano, abatido, em uma transmissão ao vivo em seu canal no Facebook.
Eleito com uma plataforma de mudança em 2016, quatro anos depois Nelson Marchezan Júnior (PSDB) é o primeiro prefeito de Porto Alegre a perder uma reeleição desde a redemocratização. Com 136.063 votos, 21,07% do total, ele ficou em terceiro lugar no pleito, atrás de Sebastião Melo (MDB) e Manuela d'Ávila (PCdoB). "Eu assumo a responsabilidade de não conseguir liderar um processo de comunicação de um legado e de futuro que beneficiaria 1,5 milhão de pessoas", disse o tucano, abatido, em uma transmissão ao vivo em seu canal no Facebook.
Segundo ele, seu maior legado para o próximo prefeito é a recuperação das finanças da Capital. Marchezan também citou avanços na área de segurança e o licenciamento ambiental digital como méritos da administração. Afirmou que "infelizmente a cidade não conseguiu perceber" os pontos altos de sua gestão pela dificuldade de comunicação, que se autoatribuiu na transmissão ao vivo.
Marchezan criticou a nova composição da Câmara de Vereadores, que segundo ele conta agora com parlamentares mais "extremistas e ilusionistas", o que ele considera que não é adequado ao perfil de sua gestão.
O tucano afirmou que o PSDB vai se reunir para definir uma posição no segundo turno, e que neste momento é "impossível" que ele se manifeste pessoalmente em relação a quem apoiar.
Deputado federal desde 2010, Marchezan teve um caminho difícil até chegar à prefeitura. Quando era deputado estadual, em 2008, tentou pela primeira vez a prefeitura e ficou em sexto lugar com 22.365 votos (2,83%), no pleito que reelegeu José Fogaça (MDB). Em 2012, disputou as prévias do PSDB para concorrer à prefeitura e perdeu, 56 a 53 votos, para o candidato apoiado pela ex-governadora Yeda Crusius, Wambert Di Lorenzo - hoje vereador, pelo PTB. À época, a relação entre Yeda e Marchezan ficou estremecida, com troca de alfinetadas públicas.
Em 2016, Marchezan começou a disputa correndo por fora, com as pesquisas o apontando entre quarto e quinto lugar. Crescendo na reta final, ele venceu o primeiro turno com 213.646 votos, um total de 29,84% dos resultados válidos, contra os 25,93% do segundo colocado, Sebastião Melo (MDB). No segundo turno, foi eleito com 402.165 votos, 60,50% do total.
Politicamente, o mandato de Marchezan foi marcado por dificuldades de relacionamento com a Câmara de Vereadores e com secretários desde o primeiro ano de mandato em 2017, com a saída do então secretário de Relações Institucionais, Kevin Krieger (PP), nos primeiros meses e o desagrado da maior parte dos vereadores em relação ao projeto que revisava o IPTU da Capital.
Em 2019, a relação do prefeito com o PP, partido que o apoiou desde a eleição, foi definitivamente rompida, assim como a ligação entre Marchezan e seu vice-prefeito e rival eleitoral em 2020, Gustavo Paim (PP).
E, pouco antes da eleição, o atual prefeito foi alvo de um processo de impeachment cuja tramitação acabou aprovada por vereadores que até então intregavam sua base - um dos motivos que ele atribui para o desgaste de sua campanha.
Ontem, mais cedo, na escola em que Marchezan votou no bairro Menino Deus, acompanhado da primeira-dama, a advogada Tainá Vidal, e de dois filhos, Neto e Benício, o clima era de curiosidade, mas não escapou de críticas de opositores presentes. Dentre eles, um eleitor foi embora do local ao vê-lo e saiu reclamando, e outra dizia frases como "já vai tarde" e "hasta la vista" quando o candidato saía de sua seção.
No local, ele se dizia "confiante" que iria ao segundo turno. "O Ibope diz que não, mas ele já disse quatro anos atrás, nessa mesma data pré-eleição do primeiro turno, que eu estava onze pontos abaixo daquilo que a urna disse", argumentou.
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