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Minuto Varejo

- Publicada em 27 de Novembro de 2021 às 23:45

Consumidores aproveitam Black Friday para fazer rancho e driblar inflação

Mãe e filha aproveitaram a sexta-feira para fazer estoque de produtos de higiene pessoal

Mãe e filha aproveitaram a sexta-feira para fazer estoque de produtos de higiene pessoal


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A Black Friday do rancho. Assim deve ficar conhecida a edição de 2021 da maior campanha de descontos do ano, que ainda está no ar para muitos varejos, sejam os físicos, mas principalmente os digitais. Consumidores de Porto Alegre foram às compras de material de limpeza e higiene pessoal, bolachinhas, salgadinhos a chocolates, entre outros itens, que estavam bem abaixo do preço nos supermercados. 
A Black Friday do rancho. Assim deve ficar conhecida a edição de 2021 da maior campanha de descontos do ano, que ainda está no ar para muitos varejos, sejam os físicos, mas principalmente os digitais. Consumidores de Porto Alegre foram às compras de material de limpeza e higiene pessoal, bolachinhas, salgadinhos a chocolates, entre outros itens, que estavam bem abaixo do preço nos supermercados. 
A inflação oficial se aproxima de 11% em 12 meses, retomando um ambiente que poucas vezes se viu no Plano Real, desde 1994. 
A coluna circulou por um dos shopping centers da Capital na sexta-feira (26) e conferiu que produtos as pessoas traziam em sacolas. 
A mãe Rosane Alves e a filha Júlia repetiram um ritual que fazem a cada nova edição Black Friday, mas este ano com mais fome de compras. A razão: o preços dos produtos está subindo mais. De um xampu, Júlia comprou dez frascos. É para o consumo de um ano, diz ela. "Paguei R$ 15,90 por unidade que tá quase R$ 30,00 no mercado", compara a jovem.
Rosane conta que fez pesquisa em outros locais antes da Black Friday para ver onde tinha melhor preço. Nas aquisições, estão ainda creme dental e sabão em pó. A conta ficou em R$ 345,00, que sairia o dobro nas compras do dia a dia. "Este ano foi mais tranquilo, sem correria e loja lotada", observaram mãe e filha. 
O fluxo presencial pode não ser a melhor medida da campanha, mas pode ser um sintoma de que as vendas não foram tudo que se esperava. Fila, que era verificada na abertura mais cedo de lojas em outras edições não se repetiu este ano na Capital, como na Lojas Americanas, no Shopping Praia de Belas, que abriu as portas às 7h. Outras redes também começaram mais cedo a jornada dessa sexta-feira.
Fila mesmo apenas na ação do Shopping Iguatemi que fez uma ação mais agressiva, com retirada de cupom com 80% de desconto. A pessoa pagava 20% do valor pretendido e saía com o vale para garantir o abatimento. Centenas de pessoas foram bem antes, a maioria chegou na manhã do dia anterior e dormiu no local, para buscar um dos 500 cupons. Famílias foram em bloco, pois era uma unidade por CPF.
Isso tudo no presencial, mas o online também teve ritmo abaixo do esperado.
A NielsenIQ/Ebit divulgou neste sábado (27) que as vendas no e-commerce no País na Black Friday somaram R$ 4,2 bilhões, alta nominal (sem descontar a inflação) de 5% em relação a 2020. O número de pedidos caiu 9%, para 5,6 milhões, e o valor do tíquete médio foi 16% maior, ficando em R$ 753,00.
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"Comprei sabão em pó, sabão e desodorante. Estavam o metade do preço do súper", conta Marciele. Fotos: Patrícia Comunello/JC
"Comprei sabão em pó, sabão e desodorante. Estavam o metade do preço do súper", conta Marciele Franco, que fez mais: comprou tudo pelo aplicativo da rede de varejo e foi só tirar na filial.
"Já tenho tudo que preciso de eletrodoméstico em casa", justifica ela, que gastou R$ 85,00 e imagina que a fatura sairia o dobro se tivesse comprado no supermercado, devido à alta de preços.
Desempregado, Juliano Guimarães Pelizan usou algumas economias que tinha ainda nas compras de itens de consumo. "Vim deixar a namorada aqui no shopping e resolvi dar uma conferida. Tinha promoção de 10 barrinhas de chocolate por R$ 7,00", cita ele, que trabalhava em vendas. Ele também comprou desodorante e salgadinhos, tudo para aproveitar o preço. "Estavam pela metade do preço e ainda ganhei cashback para mais descontos", comemora Pelizan.
Mas nem só de comida ou produtos de higiene foi feita a Black Friday. Moradora da Zona Sul da Capital, Adriane Spilmann foi vista pelos corredores do shopping conduzindo um carrinho com caixa e ainda sacolas. "Comprei micro-ondas, sanduicheira e um aspirador portátil", lista Adriane, que gastou R$ 1,1 mil e pesquisou antes para aproveitar.
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A vendedora (à esquerda) ajudou a cliente Adriane a levar a compras até o carro do aplicativo
A vendedora Duane Silva ajudou a cliente a levar as mercadorias até o carro de um aplicativo. "Ela é minha cliente, falamos por WhastApp e depois ela veio fechar a compra na loja", descreve Duane.    
O comportamento verificado em Porto Alegre reforça o efeito da digitalização e a busca por descontos para aliviar a conta da inflação acelerada, que bate em quase 11% em 12 meses, opina o sócio da PwC Brasil Giancarlo Chiapinotto, citando que as grandes redes varejistas buscaram na data uma recomposição de ganhos, após um terceiro trimestre de margem e remuneração menores do capital, também associadas à queda da renda pressionada pela alta de preços.
O sócio da PwC cita ainda que o começo do pagamento do Auxílio Brasil, versão bolsonarista do Bolsa Família, vai ser outro fator para melhorar as receitas. "Uma alavancagem de vendas é importante para termos um quarto trimestre relevante para o varejo", vincula Chiapinotto. 
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