A educação na China é uma prioridade. Começa pelo Ensino Básico, avança pelo Médio e segue no Superior. Chegar à universidade exige passar pelo que seria o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chinês, o Gao Kao. O ingresso tem elevada pressão psicológica em alunos e pais.
Vale lembrar que, até 2015, a China tinha restrições para que famílias tivessem mais de um filho como forma de controlar o crescimento da população. Isso levou uma grande geração de pais a depositaram todas as esperanças sobre o sucesso profissional do único filho.
Não são poucos os pais que, além das aulas normais, preenchem horas e horas semanais com atividades extras para seus filhos, como de língua inglesa. E as escolas infantis são exigentes. "Meu filho, por exemplo, tem cerca de três horas de tarefas de casa todos os dias. Acho excessivo", explica o professor Li Yongcheng, especialista no sistema educacional do país.
A pressão que começa no Ensino Básico avança e aumenta até a universidade. E quem se forma em universidades menos reconhecidas pode nunca atuar em sua área, gerando frustrações. O especialista explica que o mercado de trabalho acirrado leva empresas a priorizarem essas instituições mais famosas.
O professor destaca que "50% dos jovens com idade para ingressar na faculdade estão estudando. Cerca de 80% querem as principais universidades e nem todos conseguem".
Quem não almeja ou não consegue ingressar no Gao Kao opta por cursos tecnólogos. "Temos adotado o modelo alemão, nesse caso, para formação de profissionais capacitados para linha de produção de alta tecnologia", ressalta Li.