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- Publicada em 11 de Novembro de 2018 às 23:50

Unindo startups e projetos chineses e brasileiros

Vinicius Alves conduz o programa da CNS, que deve decolar em 2019

Vinicius Alves conduz o programa da CNS, que deve decolar em 2019


/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Ele tem apenas 22 anos e está à frente de um programa que a Confederação Nacional dos Serviços (CNS) espera ser importante porta de entrada de startups brasileiras na China. Vinicius Alves fala muito, e com propriedade. Em uma conversa de mais de duas horas, descreveu o trabalho que a CNS está fazendo, indo além de acordos entre entidades e governos, e começando a aproximar startups dos dois países - e que promete decolar em 2019. Abaixo, veja os principais trechos da entrevista com o consultor da CNS na China.
Ele tem apenas 22 anos e está à frente de um programa que a Confederação Nacional dos Serviços (CNS) espera ser importante porta de entrada de startups brasileiras na China. Vinicius Alves fala muito, e com propriedade. Em uma conversa de mais de duas horas, descreveu o trabalho que a CNS está fazendo, indo além de acordos entre entidades e governos, e começando a aproximar startups dos dois países - e que promete decolar em 2019. Abaixo, veja os principais trechos da entrevista com o consultor da CNS na China.
Jornal do Comércio - Como começou a investida da CNS por espaço para startups brasileiras na China?
Vinicius Alves - Luigi Nese, um dos fundadores da CNS, vem, desde 2012, para a China e viu o plano do governo para aumentar a participação do setor de serviços na economia. Ele pensou que podíamos pegar carona no crescimento. Desde então, realizamos diferentes visitas e missões em Xangai, em Pequim, e temos uma representante fixa em Macau. Assim, chegamos a empresários e governos na China com o peso de representar 400 mil empresas, das quais 40 mil são de Tecnologia da Informação. Isso nos dá relevância, nos ouvem com interesse.
JC - Que tipo de acordos vocês já assinaram?
Alves - São Memorandos de Entendimentos para cooperação, específicos ou genéricos, para aproximar empresas de desenvolvimento de Inteligência Artificial, gestão de cidades e muitos outros. E já tivemos contato com a China Accelerator, uma das maiores do país em investimentos em startups, entre outras.
JC - Onde e como entram nesses acordos as empresas brasileiras?
Alves - Na China, para se ter receptividade de empresas e investidores, é preciso falar em níveis elevados. Quando chegamos para falar por uma empresa isoladamente, é difícil ajudá-la e até mesmo mostrar como pode ser ajudada. Quando você começa por um nível institucional, no topo, ganha poder para ramificar essa atuação. Cada lugar tem características diferentes. Em Xangai, por exemplo, focamos na área financeira, na qual podemos acessar recursos ou prestar serviços ao setor. Em 2017, entramos na fase de trazer empresários para conversar diretamente com interessados aqui, entrando na economia real. Sozinhos, não teriam representatividade para chegar e conversar frente a frente com parceiros. Antes, o trabalho não era tão palpável, digamos assim, mas importante para viabilizar o que fazemos agora, a parte prática.
JC - Que empresários e empresas são essas primeiras beneficiadas?
Alves - São do interior de São Paulo e fazem a diferença em suas cidades no setor de inovação. De São Carlos veio a Onovolab, que, em sete meses, tem mais de 50 startups incubadas. Por conta da USP, em São Carlos, existia um ecossistema para inovar, mas ninguém articulava isso. O outro é empresário, o Igla Generoso, de Araraquara, que tem um venture builder. Ele desenvolve negócios dentro do seu sistema, ajuda com networking, conhecimento e, em alguns casos, com recursos. E tem foco grande na educação ao empreendedorismo, até mesmo com projeto para descobrir empreendedores potenciais em escolas públicas.
JC - E como os empreendedores em geral terão acesso a tudo isso que a CNS está fazendo?
Alves - Estamos finalizando um site, que será um market place de projetos. O brasileiro, em geral, não tem mentalidade internacional para negócios. Aqui, já se começa internacional, e os chineses recebem bem um estrangeiro em parcerias. Ainda mais brasileiro, uma porta de entrada para um mercado gigante. Esse site ajudará os dois lados, conectando startups e investidores. Vamos aproximá-los com nossa rede de contatos e stakeholders já criados.
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