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Agro

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2021 às 11:41

Conab projeta redução de 200 mil toneladas no consumo de arroz no Brasil em 2021

Preço ao produtor deve seguir remunerador, mas abaixo de 2020 e com maior sazonalidade

Preço ao produtor deve seguir remunerador, mas abaixo de 2020 e com maior sazonalidade


Edivane Portela/IRGA/Divulgação
Thiago Copetti
Cerca de 200 mil toneladas a menos de arroz devem ser consumidas no mercado brasileiro neste ano em razão da crise econômica e do fim do auxílio emergencial. A estimativa, feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), avalia que os preços ao produtor, ainda assim, devem seguir remuneradores dados os baixos estoques nacionais atuais.
Cerca de 200 mil toneladas a menos de arroz devem ser consumidas no mercado brasileiro neste ano em razão da crise econômica e do fim do auxílio emergencial. A estimativa, feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), avalia que os preços ao produtor, ainda assim, devem seguir remuneradores dados os baixos estoques nacionais atuais.
A projeção da Conab é que os valores permaneçam ao longo do ano entre R$ 72,00 e R$ 82,00 a saca – acima, portanto, dos cerca de R$ 50 praticados ao longo de 2019, mas acima do pico de até mais de R$ 100,00 de 2020. As estimativas foram divulgadas durante a reunião da Câmara Setorial do Arroz realizada na manhã desta terça-feira (9), durante a abertura oficial da colheita, em Capão do Leão.
“Ao contrário de 2020, no entanto, quando os preços permaneceram elevados o ano inteiro, neste ano devemos ter um pouco mais de variações normais da sazonalidade”, avalia o analisa de mercado da Conab, Sérgio Gomes dos Santos Júnior.
Além do consumo reduzido, deve influenciar na retração dos preços ao produtor um câmbio menor, projetado em R$ 5,00 pelo Boletim Focus, do Banco Central, de acordo com o analista da Conab. A esperada valorização do Real no ano deve diminuir as exportações e pode haver o ingresso maior de arroz do Paraguai, por exemplo, que está expandindo produção e é tradicional exportador para o Brasil.
Com a sequência de bons preços ao produtor, ainda que menores do que em 2020, a Conab prevê um incremento nacional da área plantada no ciclo 2021/2022. A companhia também anunciou que está revendo sua metodologia de cálculos de produção, consumos e estoques, uma demanda antiga do setor produtivo, que alega que o governo trabalha há anos com dados errados em diferentes grãos, como da soja.
O cálculo sobre o consumo de arroz em 2020, que segundo a Conab teve alta de 3,7%, é apontada como inferior à realidade, por exemplo. E com uma sequência de anos de dados incorretos, as estimativas de estoques teriam ficaram distorcidas, entre outros itens e em diferentes grãos, alterando projeção do mercado sobre o segmento em diferentes frentes, como necessidades internas e preços.
Outra demanda da câmara setorial do arroz é que se possa fazer um acompanhamento melhor do consumo interno via dados das secretarias estaduais de Fazenda em todo o Brasil por meio, por exemplo, das arrecadações tributárias, como ICMS. Carlos Magri Ferreira, da Embrapa Arroz, porém, alerta que apenas o uso destes dados igualmente traria distorções, já que há um elevado número de consumo em vendas foram do sistema regular fiscal da venda.
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