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Agro

- Publicada em 28 de Janeiro de 2021 às 17:50

Arrozeiros tentam voltar à marca de 1 milhão de hectares cultivados no RS

Contratos para entrega em março foram travados em R$ 85,00/saca

Contratos para entrega em março foram travados em R$ 85,00/saca


Edivane Portela/IRGA/Divulgação
Thiago Copetti
Maior produtor de arroz do Brasil, o Rio Grande do Sul começa a colheita do grão comemorando os bons resultados de 2020 e um horizonte promissor para 2021. A recuperação dos preços pagos ao produtor, a tendência de estabilidade neste ano e as exportações beneficiadas pelo câmbio abrem a perspectiva de que o Estado volte a semear 1 milhão, ou mais, de hectares.
Maior produtor de arroz do Brasil, o Rio Grande do Sul começa a colheita do grão comemorando os bons resultados de 2020 e um horizonte promissor para 2021. A recuperação dos preços pagos ao produtor, a tendência de estabilidade neste ano e as exportações beneficiadas pelo câmbio abrem a perspectiva de que o Estado volte a semear 1 milhão, ou mais, de hectares.
Oficialmente, a abertura da colheita tem início no dia 9 de fevereiro, maso trabalho já teve início em regiões da Planície Costeira Externa gaúcha, como em Viamão, e segue até março na Metade Sul. E aumentar os 930 mil hectares cultivados neste ano é uma das metas do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) para as próximas safras. Para o período de 2021/2022 a Conab já projeta uma área de quase 970 mil hectares.
Ivan Bonetti, presidente do Irga, reforça que não será de um ano para o outro que o Rio Grande do Sul voltará ao patamar superior a 1 milhão de hectares, mas o instituto vislumbra essa possibilidade. O ciclo 2019/2020 foi o primeiro, em muitos anos, que a área de orizicultura ficou abaixo de 1 milhão de hectares.
“Estamos montando um plano de negócios para isso, com uma campanha de estímulo ao consumo e de abertura de novos mercados de exportação”, antecipa Bonetti.
O Brasil exportou 1,7 milhão de toneladas no ano passado e deve embarcar 1,5 milhão em 2021. Mas o país também importou 1,2 milhão de toneladas, de acordo com Alexandre Velho, presidente da Federação dos Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz). Boa parte do que foi trazido de fora, no entanto, sequer foi comercializada pelas indústrias ao consumidor devido a baixa qualidade do produto. Por este e outros motivos, as compras internacionais devem retrair neste ano, acredita o dirigente.
“A previsão era importar 1 milhão de toneladas em 2020, mas com a retirada da TEC (Tarifa Externa Comum) de 10%, se importou 200 mil toneladas a mais. Em função da pouca qualidade do grão, boa parte oriunda dos Estados Unidos, nem foi utilizada pela indústria”, assegura Velho.
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O presidente da Federarroz acredita que a retirada temporária da TEC pelo governo federal como forma de reduzir o preço ao consumidor, que terminou em dezembro, não deve se repetir em 2021. O que também ajudará a manter a estabilidade dos bons preços pagos hoje ao produtor – assim como para o consumidor. E pelos contratos de exportações já fechados para entrega em março, por R$ 85,00 a saca, o cenário é animador no campo. Ainda que seja inferior aos mais de R$ 100,00 registrados recentemente, o valor é muito acima do R$ 49,41 pagos no início do ano passado.
“Vale destacar que, ao contrário do ano passado, estamos colhendo já com estes valores elevados e devem se estabilizar neste patamar”, avalia Velho.
Responsável por cerca de R$ 8 bilhões anuais em valor bruto de produção no Estado, o grão é a segunda maior fonte de receita agropecuária gaúcha – atrás apenas da soja. Ao longo dos últimos anos, porém, vinha enfrentando o desinteresse de agricultores pelos baixos preços pagos e o alto volume de importações, ainda que de qualidade inferior.
O grão é semeado em cerca de 200 municípios gaúchos e especialmente importante para a economia da Metade Sul do Estado. No ciclo 2019/2020, o Estado registrou produtividade recorde, de 8,4 mil quilos por hectare, ante média de 1,79 mil dos últimos cinco anos, patamar mais próximo do esperado para a atual colheita. Ainda que com perdas com estiagem e problemas para irrigar as lavouras, os bons preços devem colocar 2021 como um marco da recuperação da orizicultura gaúcha.
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