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Agro

- Publicada em 23 de Setembro de 2020 às 14:20

Setor de carnes debate tributos, desafios e oportunidades no Tá na Mesa

Evento virtual reuniu principais lideranças do setor da indústria de carnes do Estado

Evento virtual reuniu principais lideranças do setor da indústria de carnes do Estado


REPRODUÇÃO/JC
Thiago Copetti
A reunião-almoço Tá na Mesa, promovida semanalmente pela Federasul, teve a carne como seu prato temático virtual na edição desta quarta-feira (23). Os convidados desta edição on-line foram os presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo dos Santos; do Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (SIPS), José Roberto Goulart, e do Sindicato das Indústrias de Carne do RS (Sicadergs), Ronei Lauxen.
A reunião-almoço Tá na Mesa, promovida semanalmente pela Federasul, teve a carne como seu prato temático virtual na edição desta quarta-feira (23). Os convidados desta edição on-line foram os presidentes da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo dos Santos; do Sindicato das Indústrias de Produtores de Suínos (SIPS), José Roberto Goulart, e do Sindicato das Indústrias de Carne do RS (Sicadergs), Ronei Lauxen.
O recuo do governo do Estado no encaminhamento da proposta de Reforma Tributária, que trazia aumento da carga de ICMS sobre alimentos e em insumos do agronegócio, foi o fato destacado por todos. Começando pela presidente da Federasul, Simone Leite. Para a empresária, que liderou boa parte das críticas ao Piratini desde o início, a alta de tributos sobre os alimentos seria uma “sentença de morte”, ao dificultar o acesso da população à comida, o que poderia levar a uma queda progressiva no consumo com a alta nos preços.
“Eu diria que foi um grande avanço este recuo, com o governador Eduardo Leite retirando o encaminhamento do projeto da Assembleia Legislativa e oportunizando um debate mais amplo sobre a reforma”, disse Simone, logo no início das apresentações.
O tema foi seguidamente abordado pelos convidados. Tendo como insumo principal o milho, a criação de aves e suínos, por exemplo, faz grandes aquisições de milho fora do Estado, o que leva o Rio Grande do Sul a perder arrecadação. E não havia na proposta encaminhada nenhuma alternativa a um problema como este, indicaram Santos e Lauxen.
“Foi o grade apoio do Paraná à produção de milho e à indústria, por exemplo, que tornaram o Estado o maior produtor de aves. O setor tem muitos méritos, mas também há mais apoio do Estado para reduzir custos de produção, que aqui no Rio Grande do Sul é elevado em cerca de R$ 1 bilhão por diferentes fatores tributários”, disse Santos.
Goulart também abordou o tema em sua fala, mas destacou como fator positivo o recente empenho do governo em avançar com a retirada da vacina contra aftosa no Estado, o que trará ganhos de mercado em países, abrindo espaço também para a carne com osso na China, além de Japão, Coréia do Sul e México.
“Poderemos acessar uma mercado exportações fechado para nós, atualmente, com a vacinação, que representa em torno de 5 milhões de toneladas de carne”, avaliou o presidente do Sips.
Com consumo fortemente baseado no mercado interno gaúcho, o setor de carne bovina, representado no evento por Lauxen, também celebrou o tempo extra para debates sobre a reforma tributária.
“Eu realmente não consegui entender a proposta de promover aumento de tributos em alimentos, especialmente em um momento como o atual, o que fatalmente levaria à queda no consumo e na arrecadação”, criticou Lauxen.
Ainda que o setor exporte apenas 15% dos abates e processamentos feitos no Estado, o presidente do Sicadergs assegura que 2020 foi um ano muito atípico, com vendas 70% maiores para o Exterior. Por outro lado, o desafio é reduzir os embarques de gado vivo.
“É legítimo que os criadores exportem gado vivo e busquem melhores preços. Mas claro que isso também nos tira matéria-prima. Trabalhamos com um nível elevado de ociosidade na indústria”, lamentou Lauxen.
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