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Porto Alegre, segunda-feira, 22 de agosto de 2016. Atualizado �s 19h50.

Jornal do Com�rcio

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M�SICA

Not�cia da edi��o impressa de 22/08/2016. Alterada em 22/08 �s 19h55min

Guri Assis Brasil apresenta seu novo �lbum em Porto Alegre

Compositor e guitarrista, Guri Assis Brasil faz show do disco Ressaca na quinta-feira no Ocidente

Compositor e guitarrista, Guri Assis Brasil faz show do disco Ressaca na quinta-feira no Ocidente


GUSTAVO VARGAS /DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
Saudosismo, retorno às origens e influência de músicos pernambucanos: Ressaca, o segundo álbum solo de Guri Assis Brasil apresenta as vertentes do amadurecimento do músico - que despontou em cenário nacional como guitarrista da banda Pública. Disponível para download e audição através do site Natura Musical desde o início do mês, o registro pode ser conferido ao vivo nesta quinta-feira. O artista sobe ao palco do Ocidente (Osvaldo Aranha, 960), às 23h, para interpretar as nove faixas do registro e relembrar algumas do disco de estreia. A apresentação tem ingressos a R$ 30,00, e a casa abre duas horas antes do show.
Cerca de três anos separam o lançamento de Quando calou-se a multidão, registro em que Guri se viu pela primeira vez dedicando-se à composição. De lá para cá, aproximou-se do mar, com idas a praias do litoral Norte do estado de São Paulo, como Ilhabela, e contato com o Nordeste - a partir de conhecidos de lá que compartilham com ele o ofício, como Lirinha, China, Otto e Pupilo (Nação Zumbi). O título do novo disco, então, faz tanto referência ao movimento das ondas quanto à condição comum aos boêmios. "Achei que seria um bom exemplo de palavra para unir as coisas em mim", aponta ele, que diz adorar idas a bares com amigos.
Crente que evoluiu na escrita de canções - principalmente na parte lírica -, o gaúcho faz alusão ao mar, passagem do tempo, assentimento e saudades. Entre as letras, aparecem versos como "O que o rio trouxer pra mim é pra guardar" (em Laranjeira), "Camadas de água e sal, me afogo no teu cais/ tão lúcido teu olhar, sobre o que se foi" (Casco) e "Pode ser difícil de aceitar / que até a guitarra eu pensei em vender / Pra me mudar pro Uruguai" (Vou me mudar pro Uruguai). E tudo isso ambientado em uma sonoridade que contempla tanto ritmos latinos quanto solos de guitarra. "Tem coisas de milonga, bolero, reggaeton, cumbia. Misturei essas coisas da minha infância, de Livramento e Rivera, com o que vivi em São Paulo", explica ele, referindo-se novamente ao convívio com colegas de Pernambuco - o que lhe levou a um som mais rítmico, cancioneiro e de melodias abrasileiradas.
Mesmo assim, boa parte dos timbres utilizados remetem ao rock britânico - o produtor Carlos Eduardo Miranda chega a citar David Gilmour e o Pink Floyd para tentar descrever duas faixas. Guri, entretanto, descarta a busca por essa sonoridade como um item na cartilha de intenções de Ressaca: "talvez seja por eu usar muito [guitarras] Les Paul ou pela distorção dos amplificadores... mas fomos tocando e saiu assim", simplifica. Já em termos rítmicos e melódicos, sim, houve objetivo de somar elementos do gênero histórico à equação. "[O resultado] é bem contraditório, algo totalmente dançante com uma letra saudosa, guitarra distorcida", comenta o compositor.
Para a apresentação em Porto Alegre, o músico tem a companhia do mesmo grupo que gravou o álbum: Guilherme Almeida (baixo); Thiago Guerra (bateria); Paulo Kishimoto (teclado e percussão) e Gabriel Guedes (guitarra). O show ainda tem colaboração especial da Wannabe Jalva, que participa com banda inteira, inserindo experimentações, batidas eletrônicas e mais vozes às canções. Outro convidado é Lirinha (voz do Cordel do Fogo Encantado e autor de dois discos assinados como Lira), com quem Guri afirma ter várias canções - uma delas, Geada, está presente em Ressaca.
Além dos discos solos, o gaúcho da fronteira tem tocado com alguma frequência para dar suporte a Otto e também está envolvido no disco Orquestra Frevo do Mundo, de Pupilo. "Agora quero focar mais no meu trabalho do que tocar como músico de apoio", aponta ele, sem descartar outras possibilidades. Uma delas está relacionada à Pública - banda que prometeu para as próximas semanas o primeiro álbum desde Canções de guerra (2011). "Esse disco eu não gravei. Mas não tem galho nenhum. Se rolar de fazer show, vou fazer."
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