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Porto Alegre, segunda-feira, 28 de agosto de 2017. Atualizado às 21h43.

Jornal do Comércio

Panorama

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No palco

Notícia da edição impressa de 17/08/2016. Alterada em 16/08 às 17h10min

Em comemoração aos seus 20 anos de existência, Depósito de Teatro volta à cartaz

Roberto Oliveira celebra 20 anos do Depósito de Teatro

Roberto Oliveira celebra 20 anos do Depósito de Teatro


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Michele Rolim
Um dos grupos mais emblemáticos da cena teatral gaúcha comemora 20 anos de atividades: o Depósito de Teatro. Criada em 1996, a companhia produziu 26 montagens profissionais, recebeu diversos prêmios e é responsável pela formação de vários atores desde 1999. "Chegamos aos 20 anos na base da resistência, aliás, como todos os grupos de teatro porto-alegrenses", diz o diretor Roberto Oliveira.
Em comemoração à data, ocorre a estreia do quarto espetáculo infantil do Depósito, Missão água, a partir do próximo sábado, no Teatro Renascença (Érico Veríssimo, 307), às 16h. A peça é baseada no livro homônimo Pachamama - O resgate do planeta, escrito por crianças do mundo todo e editado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O trabalho é voltado para o uso consciente da água.
Também volta em cartaz, amanhã, o sucesso de público Bukowski: histórias da vida subterrânea, às 20h, na Sala Álvaro Moreyra, com dois novos integrantes: Manoela Wunderlich e Lucas Sampaio. O espetáculo venceu, em 2014, o Açorianos de Teatro de Melhor Produção.
O Depósito de Teatro se caracteriza, nas palavras do diretor, pelo "resgate e recriação de obras da dramaturgia nacional, engajamento político e social, pesquisa e experimentação, primazia do trabalho do ator sobre todos os outros componentes da arte teatral, encenações em espaços alternativos e busca de soluções cênicas carregadas de forte teatralidade".
Durante a trajetória do grupo, Oliveira ressalta que poderia citar diversos trabalhos, mas escolhe três deles: O barão nas árvores (1998); O pagador de promessas (2001); e Solos trágicos (2010). Todos foram encenados em espaços não tradicionais. No entanto, o espetáculo até hoje mais premiado da companhia é Quriozas Qomédias (2005), que venceu cinco Açorianos de Teatro, entre eles o de Melhor Espetáculo.
Desde 2002 o Depósito de Teatro também é conhecido por convocar atores e estudantes para participarem da Farra de Teatro - inspirada na Farra dos Atores criada pelo falecido diretor carioca Márcio Vianna. Trata-se de um acontecimento teatral intensivo que termina em uma apresentação em lugar público, ultimamente, na Usina do Gasômetro.
Nestas duas décadas, a busca por uma sede permanente sempre esteve entre as lutas do grupo. Em 1998, surgiu um espaço alugado, na av. Benjamin Constant, 1.677. A inauguração ocorreu com as peças Beijo no asfalto e Boca de ouro, ambas de Nelson Rodrigues.
Em 2006, o grupo transferiu sua sede para a rua Câncio Gomes, onde o Depósito de Teatro ocupou dois prédios com a intenção de transformá-los num grande centro cultural. Depois de dois anos, a companhia se viu forçada a fechar o espaço por motivos financeiros. "Dessa forma, o Depósito sofreu uma desestruturação completa. Eu diria que foi esmagado pelo sistema. Desde então, passamos por um processo de reestruturação", conta Oliveira. A partir de 2009, a companhia foi incluída no Projeto Usina das Artes e encontra-se sediada na Sala 402 da Usina do Gasômetro desde então.
Atualmente, o Depósito de Teatro é dirigido por Roberto Oliveira e pela atriz Elisa Heidrich, com a participação e auxílio a distância da Sandra Possani (única remanescente do antigo grupo, ao lado de Oliveira). Também há os membros flutuantes, com presença mais esporádica: Fernanda Fávero, Lucas Sampaio, Jéssica Barbosa e Humberto Bock. "Estes podem ser apontados como o futuro do Depósito de Teatro", aposta o diretor.
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