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INDÚSTRIA

- Publicada em 01 de Junho de 2012 às 00:00

Atividade industrial cai 0,2% em abril, diz IBGE


JOSEP LAGO/AFP/JC
Jornal do Comércio
O comportamento negativo da produção de bens duráveis em abril teve forte influência da redução na fabricação de automóveis, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Embora os veículos automotores - que incluem caminhões, automóveis, motocicletas, motores, chassis e peças - tenham registrado recuperação em relação a março, com alta de 2,4%, a produção específica de automóveis acumula uma perda de 14,9% de janeiro a abril em relação a igual período do ano anterior. Como resultado, nesse mesmo tipo de comparação, a produção de bens de consumo duráveis teve uma perda de 10,3%. No total, a indústria brasileira registrou queda de 0,2% em abril.
O comportamento negativo da produção de bens duráveis em abril teve forte influência da redução na fabricação de automóveis, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Embora os veículos automotores - que incluem caminhões, automóveis, motocicletas, motores, chassis e peças - tenham registrado recuperação em relação a março, com alta de 2,4%, a produção específica de automóveis acumula uma perda de 14,9% de janeiro a abril em relação a igual período do ano anterior. Como resultado, nesse mesmo tipo de comparação, a produção de bens de consumo duráveis teve uma perda de 10,3%. No total, a indústria brasileira registrou queda de 0,2% em abril.
“Automóveis explicam muito dessa queda para bens duráveis”, apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. “O saldo mês a mês é bastante negativo e claramente o maior impacto é parte relacionada aos automóveis. Houve paralisações de janeiro para fevereiro, férias coletivas. Embora março tenha mostrado uma expansão, houve novamente em abril desaceleração na produção.”
Macedo avalia que as medidas tomadas pelo governo no fim de 2011 para reaquecer o consumo de eletrodomésticos da linha branca surtiram efeito na produção do setor. No entanto, ainda não é possível, no entanto, afirmar que serão eficazes também no setor industrial automotivo. Enquanto a produção de automóveis recuou 14,9% no primeiro quadrimestre de 2012, a fabricação de eletrodomésticos da linha branca, que inclui fogões, refrigeradores e máquinas de lavar roupa, avançou 9% no período.
“No caso das medidas para o setor de automóveis, temos de esperar os próximos resultados da pesquisa. As medidas adotadas em outros períodos foram saudáveis para a produção, mas tem de conjugar com outros aspectos para ver se podem ter o mesmo efeito agora”, pondera. O coordenador do IBGE cita o problema de estoques em patamares altos e o aumento da inadimplência entre consumidores. “A inadimplência é um fator a ser considerado para ver o impacto que essas medidas vão ter dentro desse grupamento industrial”, diz.
Macedo aponta também como entrave à produção do setor o nível de estoque, que estaria em abril cerca de 36% acima do registrado em igual mês de 2011. “Os estoques são fator importante para se entender muito desse comportamento de redução da produção de automóveis”, ressaltou o pesquisador. “Motocicletas também têm comportamento negativo, mas com menor importância, pelo menor peso na categoria de bens duráveis, mas também contribuem para reduzir a produção.”
Segundo o IBGE, em 12 meses, a queda acumulada pela atividade industrial está em 1,1%. Só neste ano, a indústria encolheu 2,8% na produção. Esse dado reforça a percepção dos economistas que indicam que o setor está passando por uma fase ruim e que, novamente, a indústria deve puxar a atividade de toda a economia para baixo. Na comparação com abril de 2011, a queda é de 2,9%, a 8ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de análise. O IBGE ainda informou que, entre os 27 ramos pesquisados, 13 encolheram de março para abril.
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