A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi novamente adiada na Comissão Mista de Orçamento. O governo solicitou mais tempo para ajustar a proposta orçamentária de 2025, após a perda de R$ 35 bilhões com a caducidade da medida provisória (MP) que tributava apostas e aplicações financeiras. A LDO prevê meta de superávit primário de 0,25%. Parlamentares alertam que o atraso pode comprometer a votação do orçamento ainda este ano.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para tratar do projeto da LDO de 2026. Ele relatou ter levado ao conhecimento do parlamentar alguns cenários, considerando a importância de consistência entre as diversas legislações para orçamento.
"Não adianta aprovar uma lei numa direção e outra em outra direção", disse Haddad a jornalistas, na portaria do Ministério da Fazenda, em Brasília. "As leis têm todas de convergir para o mesmo cenário, e esse cenário tem de ser consistente para que nós tenhamos uma execução orçamentária como nós chegamos em 2024 e 2025 - uma execução orçamentária tranquila, sem surpresa para ninguém."
A LDO seria votada na terça-feira passada, pela CMO do Congresso, mas a apreciação do texto acabou adiada a pedido do governo, que estuda alternativas após ter sofrido um revés com a derrubada da MP 1.303, que turbinava a arrecadação do ano que vem.