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Publicada em 12 de Agosto de 2025 às 18:15

Projeto contra adultização de crianças avança na Câmara

Vídeo do influenciador Felca alcançou mais de 30 milhões de visualizações

Vídeo do influenciador Felca alcançou mais de 30 milhões de visualizações

Reprodução/Youtube/JC
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Agências
Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizer que a casa vai pautar propostas contra a adultização de crianças e adolescentes, uma proposta em especial ganhou força para ir a votação em plenário. A proposição estabelece mecanismos para o combate de conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes em ambiente digital, e também cria regulações para o uso de redes sociais e jogos online para crianças e adolescentes.
Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizer que a casa vai pautar propostas contra a adultização de crianças e adolescentes, uma proposta em especial ganhou força para ir a votação em plenário. A proposição estabelece mecanismos para o combate de conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes em ambiente digital, e também cria regulações para o uso de redes sociais e jogos online para crianças e adolescentes.
Esse projeto é de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e já foi aprovado no Senado em dezembro. A proposta é bem vista por organizações da sociedade civil, como o Instituto Alana. Tanto o autor quanto o relator da proposta, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), correm para assegurar que o projeto seja votado.
Os líderes partidários da Câmara decidiram que as propostas voltadas à proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital serão debatidas no plenário na próxima semana, em comissão geral. A informação foi dada pela deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT), vice-líder da maioria.
Motta vai criar um grupo de trabalho para avaliar as propostas que tratam da proteção a crianças e adolescentes no meio digital. O colegiado terá 30 dias para apresentar propostas e um relatório sobre o tema. As informações são da Agência Câmara.
Em maio, a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) apresentou requerimento de urgência (para acelerar a tramitação) do projeto, que conta com a adesão de líderes do PSD, PDT, Republicanos, União, PSDB, PT, PV, PSOL e PSDB.
Motta decidiu entrar na discussão após um vídeo do youtuber Felca alcançar mais de 30 milhões de visualizações em poucos dias. Em 50 minutos, o youtuber fez um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças, mostrou como o algoritmo funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos e entrevistou uma psicóloga especializada para falar sobre o perigo da exposição nas redes sociais para as crianças e adolescentes.
"É um projeto que aumenta muito a segurança de crianças e adolescentes em ambiente digital, na medida em que exige uma atuação ativa das empresas e facilita o acompanhamento pelas famílias", diz o senador Alessandro Vieira.
O Instituto Alana é um dos apoiadores do projeto de lei. "A lógica de engajamento das redes sociais acelera a adultização da infância, incentivando crianças a trocarem estudos e brincadeiras por visibilidade online", diz um texto do instituto em apoio à proposta. "O projeto de lei obriga plataformas a prevenir riscos, a dar transparência aos algoritmos que influenciam o que vemos online e a remover conteúdos nocivos, priorizando o melhor interesse de crianças e adolescentes."
 

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