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Publicada em 28 de Junho de 2025 às 18:52

Reforma administrativa deverá permitir contratação de servidor em níveis mais altos da carreira, diz relator

Relatório final do GT será apresentado no dia 14 de julho por determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Relatório final do GT será apresentado no dia 14 de julho por determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Marina Ramos/Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
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Folhapress
 O relator do GT (Grupo de Trabalho) da reforma administrativa da Câmara, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deverá propor uma regra para permitir o ingresso no serviço público já em níveis mais altos das carreiras.
 O relator do GT (Grupo de Trabalho) da reforma administrativa da Câmara, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deverá propor uma regra para permitir o ingresso no serviço público já em níveis mais altos das carreiras.
"Dependendo da qualificação, em vez de entrar no nível 1, entrar no nível 10. Flexibilizar a entrada. Isso permite reduzir o salário de entrada", afirma. Para ele, há uma janela política para aprovação da reforma antes das próximas eleições. O relatório final do GT será apresentado no dia 14 de julho por determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Segundo Pedro Paulo, a ideia é apresentar com o relatório os textos legais de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), um projeto de lei complementar e outro de lei ordinária. Ele antecipa que não vai mexer na estabilidade nem reduzir direitos. "Mas não vou tratar como vítima, porque o servidor precisa entregar resultados."
De acordo com o relator, Motta acredita que "essa é a reforma do momento". "Assim como tivemos as reformas trabalhista, previdenciária e a tributária, essa é a mais significativa que temos nesse horizonte. Para ter tração política, é muito importante que tenha um grande patrocinador." O presidente da Câmara, segundo Pedro Paulo está muito decidido e ele trata isso com disciplina. "Todos os segmentos do governo estão dentro da reforma. É de interesse do governo. Seria uma infantilidade política acreditar que uma reforma, com o tamanho pretendido e a profundidade que se ambiciona, se faz só com Legislativo."
Pedro Paulo afirma que, faltando um ano e meio para as próximas eleições, está "dada uma janela de oportunidade política" para o o Congresso aprovar a reforma administrativa. "Se acreditarmos que há ganhos políticos, a reforma pode ser um jogo de ganha-ganha para todos. Tenho muita convicção de que conseguiremos construir esse consenso político. Isso pode criar a atração necessária para que, mesmo que próximos do processo eleitoral, nós possamos fazer com que a reforma seja um bônus político."
A janela política a que o relator se refere é o fato de ter um presidente da Câmara "que estabelece isso como prioridade e encontra no governo espaço para essa discussão". "Tem um ambiente para isso. Dado o grau de maturidade de convergência política, é possível que tenha um rito mais simplificado levando para o plenário."

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