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Publicada em 16 de Junho de 2025 às 18:47

Senado pode votar aumento do número de deputados nesta quarta (18)

Projeto cria novas vagas, passando de 513 para 531 as cadeiras da Câmara

Projeto cria novas vagas, passando de 513 para 531 as cadeiras da Câmara

/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/JC
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Agências
O Senado Federal pode votar nesta quarta-feira (18) o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de parlamentares da Câmara dos Deputados. O texto já foi aprovado na casa no dia 6 de maio e, caso se torne lei, passará a valer a partir das eleições de 2026.
O Senado Federal pode votar nesta quarta-feira (18) o projeto que aumenta de 513 para 531 o número de parlamentares da Câmara dos Deputados. O texto já foi aprovado na casa no dia 6 de maio e, caso se torne lei, passará a valer a partir das eleições de 2026.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirma que o aumento do número de deputados não deve aumentar os gastos públicos. "Não terá aumento de despesa em lugar nenhum, vai usar do próprio orçamento da Câmara dos Deputados. É apenas o cumprimento de uma decisão do Supremo, uma decisão judicial, e a nossa opinião no Senado é que nós temos que deliberar até o dia 30 de junho."
Em maio deste ano, após a aprovação do projeto na Câmara, foi divulgado um levantamento mostrando que o projeto abre margem para criação de 30 novas vagas de deputados estaduais, que podem custar mais de R$ 76 milhões por ano para os estados - somado ao gasto extra de R$ 64,8 milhões já divulgado pela Câmara, o impacto total da proposta ultrapassa os R$ 140 milhões anuais.
O projeto é uma resposta da Câmara ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a revisão da distribuição do número de deputados, de acordo com a atual população de cada estado pelo Censo de 2022. A discussão partiu de uma ação do governo do Pará, que argumenta que a distribuição dos 513 deputados federais foi estabelecida em 1993 e que, desde 2010, tem direito a mais quatro parlamentares. O STF, então, estabeleceu um prazo de até 30 de junho deste ano para que o Congresso dê uma solução à questão.
Segundo o parecer, a distribuição das vagas deverá ter como base os dados oficiais do censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com submissão dos dados ao Tribunal de Contas da União (TCU). Para cumprir a ordem do STF sem reduzir a representação de estados que perderam população, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), propôs a criação de novas vagas.
O projeto aprovado pela Câmara cria 18 cadeiras, distribuídas por nove estados: Santa Catarina (4), Pará (4), Amazonas (2), Mato Grosso (2), Rio Grande do Norte (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1) e Paraná (1). Todos esses estados também terão aumento no número de deputados estaduais.
Isso ocorre porque a Constituição Federal estabelece que o número de deputados estaduais em cada Assembleia é calculado com base na bancada federal do Estado correspondente. Pela regra geral, cada deputado federal equivale a três estaduais.
Mas, se a bancada tiver mais de 12 representantes, a conta muda: a partir do 13º, cada novo deputado federal acrescenta apenas um deputado estadual, e não mais três. Com isso, Rio Grande do Norte, Amazonas e Mato Grosso ganharão seis deputados estaduais cada; Santa Catarina e Pará, quatro; e Minas Gerais, Paraná, Ceará, Goiás, um.
 

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