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Publicada em 12 de Junho de 2025 às 19:09

Caravana de Glauber Braga realiza ato em Porto Alegre

Antes do ato, Braga se reuniu com lideranças políticas do Estado

Antes do ato, Braga se reuniu com lideranças políticas do Estado

Débora Fogliato/Divulgação/JC
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Sofia Utz
Sofia Utz
Como tentativa de impedir a cassação de seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) trouxe a Porto Alegre a Caravana Nacional Glauber Fica, que realizou um ato na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12). Durante movimento de solidariedade ao deputado foram detalhados seus argumentos de defesa, que constituem a tese de que Braga está sendo vítima de uma perseguição política.
Como tentativa de impedir a cassação de seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) trouxe a Porto Alegre a Caravana Nacional Glauber Fica, que realizou um ato na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12). Durante movimento de solidariedade ao deputado foram detalhados seus argumentos de defesa, que constituem a tese de que Braga está sendo vítima de uma perseguição política.
No início de abril, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de cassação de Braga. O deputado foi acusado de expulsar um representante do Movimento Brasil Livre (MBL) do plenário de forma agressiva. Braga entrou com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para reverter a decisão, mas teve seu pedido negado.
De acordo com o parlamentar, os ataques do MBL eram recorrentes e passaram a ofender sua mãe, que estava com Alzheimer avançado na época e faleceu alguns dias após o ocorrido. Para ele, a sua reação às provocações está sendo usada como pretexto para retirá-lo do Legislativo, especialmente por causa das denúncias que fez sobre o Orçamento Secreto.
Na visão do deputado, o principal articulador de sua cassação é o ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que foi o principal alvo das críticas. Segundo Braga, a cassação do seu mandato seria duplamente exitosa a Lira: funcionaria como uma espécie de vingança contra as denúncias e um recado aos demais, para que entendam que não podem combatê-lo.
A cassação de mandato a partir da acusação feita a Braga seria um movimento sem precedentes. Segundo o Código de Ética e Decoro Parlamentar, a pena para perturbação da ordem, infração da boa conduta ou prática de ofensas morais ou físicas nas dependências da Câmara, três possíveis enquadramentos para o ocorrido, seria apenas censura verbal ou escrita. "Por que eu estou sendo cassado? Por ter defendido a honra da minha mãe? Por ter denunciado o orçamento secreto? Por ter batido de frente com o Arthur Lira?", questiona Braga.
O Rio Grande do Sul é o 20º estado a receber a Caravana Nacional, que deve passar por todas as capitais do Brasil até o dia 26 de junho, quando o movimento se encerra no Rio de Janeiro. A partir deste dia, Braga começa uma nova manifestação, se propondo a ir do Rio de Janeiro a Brasília passando por 23 municípios. A previsão é de que a cassação seja votada dia 1º de julho, dois meses após a CCJ negar o seu recurso. Esse foi o prazo mínimo estipulado pela Mesa Diretora para que o projeto possa ser pautado no plenário.
Na visão de Braga, esse momento de conversa com as lideranças locais é muito importante para que sua situação seja repercutida em todo país, assim fazendo envolvendo a população no caso. "Se me cassarem nessas circunstâncias em um mandato federal, que tem todos os holofotes, imagina o que vai acontecer com uma vereadora de um município do interior que exerça um papel contramajoritário, que faça denúncias importantes", pontuou o parlamentar.
Antes do ato em Porto Alegre, Braga se reuniu na Assembleia Legislativa com políticos gaúchos para traçar um mapa de outros parlamentares do Estado que estariam dispostos a ouvir seus argumentos, assim ampliando a rede. Estiveram presentes deputados estaduais e federais do PT e do PSOL.
 

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