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Publicada em 10 de Junho de 2025 às 16:41

"Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026", brinca Bolsonaro com Moraes no STF

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas, provocou crises entre os Poderes e colocou em xeque a realização das eleições de 2022

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas, provocou crises entre os Poderes e colocou em xeque a realização das eleições de 2022

Ton Molina/STF/Divulgação/JC
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Agências
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) brincou com o ministro do STF Alexandre de Moraes durante o depoimento que presta na tarde desta terça-feira (10) na condição de réu da trama golpista. "Poderia fazer uma brincadeira? Eu perguntaria ao meu advogado. Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026", afirmou Bolsonaro, que está inelegível até 2030, após condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes respondeu: "eu declino".
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) brincou com o ministro do STF Alexandre de Moraes durante o depoimento que presta na tarde desta terça-feira (10) na condição de réu da trama golpista. "Poderia fazer uma brincadeira? Eu perguntaria ao meu advogado. Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026", afirmou Bolsonaro, que está inelegível até 2030, após condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes respondeu: "eu declino".
O depoimento de Bolsonaro começou às 14h33. Ele levou um exemplar da Constituição para a mesa de depoimento e o levantou enquanto discursava sobre não ter atentado contra a democracia
Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou, com mentiras e ilações, uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.
Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro. Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e anular as eleições.
A defesa de Bolsonaro nega a participação do ex-presidente em crimes e argumenta, entre críticas à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não há provas de ligação entre a suposta conspiração iniciada no Palácio do Planalto, em junho de 2021, e os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. Já a PGR acusa Bolsonaro de ser o líder da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado após a eleição de Lula (PT) à Presidência da República.

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