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Publicada em 03 de Junho de 2025 às 17:34

Piratini aguarda divulgação de metas educacionais para decidir se adere ao Propag

Dívida do Rio Grande do Sul com a União está em R$ 103,1 bilhões

Dívida do Rio Grande do Sul com a União está em R$ 103,1 bilhões

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Após meses de críticas do governo Eduardo Leite (PSD) aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), a secretária estadual da Fazenda, Pricilla Santana, afirmou nesta segunda-feira (2) que as dúvidas financeiras e econômicas do Piratini foram sanadas. Agora, para o Estado decidir se adere ao programa de renegociação da dívida com a União - atualmente em R$ 103,1 bilhões -, o governo do Rio Grande do Sul aguarda a divulgação, por parte do Ministério da Educação (MEC), das metas para educação que entes federados precisarão cumprir como contrapartida ao ingresso no Propag.
Após meses de críticas do governo Eduardo Leite (PSD) aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), a secretária estadual da Fazenda, Pricilla Santana, afirmou nesta segunda-feira (2) que as dúvidas financeiras e econômicas do Piratini foram sanadas. Agora, para o Estado decidir se adere ao programa de renegociação da dívida com a União - atualmente em R$ 103,1 bilhões -, o governo do Rio Grande do Sul aguarda a divulgação, por parte do Ministério da Educação (MEC), das metas para educação que entes federados precisarão cumprir como contrapartida ao ingresso no Propag.
A principal dúvida que o governo gaúcho tinha, e que a partir de um decreto de Lula foi superada, era se, na adesão ao programa, haveria a manutenção de dispositivos da Lei Complementar 206/2024, sancionada pelo presidente após as cheias que inundaram o Estado no ano passado e que suspendeu o pagamento da dívida do RS com a União até abril de 2027. Sem ter mais esta preocupação, o Piratini aguarda a publicação das metas educacionais para os estados que aderirem ao Propag.

"Tem duas condicionais. As condicionais econômicas e financeiras do Propag estão superadas, mas eu preciso conhecer as metas de educação", disse Pricilla. A secretária complementou: "Eu não posso dizer que a decisão (de aderir ao Propag) está tomada. Financeiramente eu não tenho dúvida, superados aqueles dois obstáculos (vetos de Lula) eu não tenho dúvida, o Rio Grande do Sul adere. Mas não adianta eu aderir em um ano para no ano seguinte sair por conta de regras que eu não vou conseguir cumprir".

O Propag é uma alternativa apresentada pelo governo federal para que os estados endividados tenham capacidade de pagar seus passivos com a União no longo prazo. A partir da adesão, porém, os entes federados passam a ter uma série de obrigações que devem ser cumpridas; são elas: a aplicação de percentual do saldo devedor em investimentos em educação no próprio estado e a destinação de parte do passivo ao chamado Fundo de Equalização Federativa (FEF), criado para compensar estados com boa situação fiscal.

Neste sentido, o Rio Grande do Sul aguarda que sejam definidas quais as metas e métricas para a educação que terá de cumprir em caso de adesão ao Propag. Conforme Pricilla, o Piratini tem a preocupação de que não haja especificidades nas definições do MEC para as características do RS, apontado pela secretária como um estado envelhecido.

“Se utiliza metas nacionais e generaliza com o Rio Grande, aí a chance de a gente descumprir (as metas firmadas) é bastante razoável”, explica Pricilla. Conforme ela, a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, tem pleiteado este assunto junto ao ministro da Educação, Camilo Santana. A partir de uma publicação do MEC quanto às métricas, o governo gaúcho deve se pronunciar quanto à possibilidade de adesão ao Propag.

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