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Publicada em 28 de Maio de 2025 às 00:25

Ex-diretor da PRF admite operações, mas nega viés político

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Agências
O ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem que as operações do grupo no dia do segundo turno da eleição presidencial, em outubro de 2022, ocorreram para verificar a condição dos carros e dos transportadores, mas não impediram o fluxo de veículos de transporte durante a data.
O ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem que as operações do grupo no dia do segundo turno da eleição presidencial, em outubro de 2022, ocorreram para verificar a condição dos carros e dos transportadores, mas não impediram o fluxo de veículos de transporte durante a data.
Djairlon também confirmou a existência de uma operação da PRF para monitorar o transporte de pessoas da região Centro-Oeste e Sudeste para o Nordeste nos dias antes da eleição geral, mas negou que houve um direcionamento para afetar eleitores nordestinos.
Ele minimizou o impacto das operações do dia 31 de outubro de 2022. "Mais de 60% dos veículos fiscalizados não demoraram mais que 15 minutos para liberá-los", disse. Segundo ele, o foco era verificar "as condições do veículo e do condutor".
A audiência faz parte da ação penal contra o chamado "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado, composta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. Todos os ouvidos são testemunhas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O ex-diretor da PRF confirmou ter participado de uma reunião no dia 19 de outubro de 2022 em que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi tratado de um "policiamento direcionado" que seria executado no segundo turno.
Um relatório produzido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) e encaminhado à Polícia Federal (PF) aponta indícios de que as blitze feitas pela PRF no segundo turno das eleições presidenciais podem ter atrasado a chegada dos eleitores aos locais de votação.

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