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Publicada em 24 de Maio de 2025 às 15:47

Lula vai intensificar viagens pelo País para reagir a 'fake news'

Lula fez declarações em viagem ao interior de Mato Grosso, onde lançou programa agrícola

Lula fez declarações em viagem ao interior de Mato Grosso, onde lançou programa agrícola

RICARDO STUCKERT/PR/DIVULGAÇÃO/JC
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Folhapress
O presidente Luiz Inácio Lula da Silvas (PT) afirmou neste sábado (24) que vai "fazer política" e andar pelo país a partir do mês que vem para combater o que chamou de "mentira", "canalhice" e "fake news".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silvas (PT) afirmou neste sábado (24) que vai "fazer política" e andar pelo país a partir do mês que vem para combater o que chamou de "mentira", "canalhice" e "fake news".
As declarações ocorreram durante viagem ao interior de Mato Grosso, onde ocorreu a cerimônia de lançamento do programa Solo Vivo, que prevê recuperar áreas de solo degradado e fortalecer a agricultura familiar, segundo o governo.
"No mês que vem, vou fazer política nesse país. No mês que vem, eu vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, a canalhice, a fake news, ganhe espaço e que a verdade seja soterrada nesse país", afirmou o presidente.
Ele continuou: "Nós fazemos parte daquele tipo de político que pelo menos não quer perder o direito de andar na rua de cabeça erguida. Fui criado por uma mãe analfabeta, e a coisa que ela mais exigia da gente é que a gente não mentisse e que a gente respeitasse os outros".
As falas ocorrem após Lula passar por crises intensificadas por publicações da oposição nas redes sociais. Nesta semana, o governo correu contra o tempo para anunciar o recuo em mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ainda no final da noite de quinta-feira (22) por temer a repetição da traumática experiência da crise do Pix, em janeiro.
À época, a disseminação de informações distorcidas sobre taxação de operações feitas pelo sistema invadiu as redes e afetou a popularidade do presidente. "Estou convencido de que nós aqui temos a obrigação moral de fazer com que a verdade derrote a mentira nesse país", disse Lula neste sábado.
O petista associou as mentiras a "gente maldosa" e "agressiva", "que não respeita adversário" e "que não sabe viver democraticamente", embora não tenha citado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal rival. Ele voltou a defender a regulação de redes sociais e mencionou, nesse momento, a proibição de celulares nas escolas.
O presidente visitou o assentamento Santo Antônio da Fartura, no município de Campo Verde (a cerca de 130 km de Cuiabá). A agenda também teve entrega de chaves de máquinas agrícolas. Lula esteve acompanhado por ministros e políticos locais, incluindo o governador de Mato Grosso, o bolsonarista Mauro Mendes (União Brasil).
Sentado ao lado do presidente, Mendes foi alvo de vaias ao ser citado em mais de uma ocasião durante a cerimônia. Também ouviu gritos de "Mauro, faz o L", uma referência do público à letra inicial de Lula. O governador apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e participou nos últimos meses de manifestações de apoiadores do ex-presidente por anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Outro nome presente na cerimônia, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, fez um discurso com elogios a Mendes, procurando destacar projetos desenvolvidos em parceria entre o governo federal e a gestão estadual.
Mas também causou constrangimento ao ironizar, diante do bolsonarista, o episódio em que um apoiador de Bolsonaro se pendurou em um caminhão em um protesto após a eleição de 2022. Em discurso, o governador exaltou sua própria gestão e parabenizou o presidente pela iniciativa do projeto. Ao mencionar grandes produtores rurais, disse que o público não deveria vaiá-los.

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