Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 06 de Maio de 2025 às 21:20

Urgência para projeto que aumenta número de deputados é aprovada pela Câmara

Do total de votantes, 268 deputados mostraram-se favor da urgência e outros 199 parlamentares foram contra

Do total de votantes, 268 deputados mostraram-se favor da urgência e outros 199 parlamentares foram contra

Lula Marques/Agência Brasil/Divulgação/JC
Compartilhe:
Agências
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), o requerimento de urgência para o projeto de lei que permite o aumento do número de vagas para deputados federais. No parecer do relator, deputado Damião Feliciano (União-PB), haveria um acréscimo de 18 cadeiras. Do total de votantes, 268 deputados mostraram-se favor da urgência e outros 199 parlamentares foram contra.
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (6), o requerimento de urgência para o projeto de lei que permite o aumento do número de vagas para deputados federais. No parecer do relator, deputado Damião Feliciano (União-PB), haveria um acréscimo de 18 cadeiras. Do total de votantes, 268 deputados mostraram-se favor da urgência e outros 199 parlamentares foram contra.
No parecer do relator, o deputado Damião Feliciano (União-PB), haveria um acréscimo de 18 cadeiras. Do total, 268 deputados votaram a favor da urgência e outros 199 parlamentares votaram contra a tramitação acelerada do texto.

O projeto altera a Lei Complementar nº 78 de 1993, que disciplina a fixação do número de deputados. A proposta do relator é estabelecer o número de 531 deputados a partir de 2026. Atualmente, a Câmara tem 513 deputados.
O projeto prevê acréscimos para os seguintes Estados:

- Santa Catarina - mais quatro cadeiras;
- Pará - mais quatro cadeiras;
- Amazonas - mais duas cadeiras;
- Rio Grande do Norte - mais duas cadeiras;
- Mato Grosso - mais duas cadeiras;
- Goiás - mais uma cadeira;
- Ceará - mais uma cadeira;
- Minas Gerais - mais uma cadeira;
- Paraná - mais uma cadeira;

Segundo o parecer, a distribuição das vagas terá como base os dados oficiais do censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com submissão dos dados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

No documento, o relator sustenta que, segundo informações da Direção-Geral da Câmara, a criação das 18 vagas geraria um impacto anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. "Considerando a margem orçamentária estimada para o exercício de 2025, a Direção da Casa conclui que, mesmo hoje, o orçamento da Câmara dos Deputados já comportaria as despesas decorrentes da aprovação do projeto", alega o deputado.

No parecer, Damião Feliciano (União-PB) não detalha quais aspectos foram levados em consideração para o cálculo de que cada novo deputado geraria um custo anual de aproximadamente R$ 3,6 milhões.

A medida responde a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso Nacional revise a distribuição do número de deputados, de acordo com a atual população de cada Estado.

A discussão partiu de uma ação do governo do Pará que argumenta que a distribuição dos 513 deputados federais foi estabelecida em 1993 e que, desde 2010, tem direito a mais quatro parlamentares. O STF, então, estabeleceu um prazo de até 30 de junho deste ano para que o Congresso dê uma solução à questão.

Caso a determinação não seja cumprida, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fixar o novo número de deputados federais e estaduais de cada Estado, além dos deputados do Distrito Federal, para a legislatura que se iniciará em 2027.

No caso, serão observados o piso e o teto constitucional por circunscrição, os dados demográficos coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo de 2022 e a metodologia utilizada em resolução do TSE sobre o tema.

Notícias relacionadas