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Publicada em 17 de Fevereiro de 2025 às 16:42

STF inicia debate para alterar Lei do Marco Temporal

Texto de Gilmar Mendes aborda exploração mineral em terras indígenas

Texto de Gilmar Mendes aborda exploração mineral em terras indígenas

Rosinei Coutinho/SCO/STF/JC
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Agência Estado
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a debater na manhã desta segunda-feira (17), a minuta que será proposta ao Congresso para alterar a Lei do Marco Temporal. O texto foi apresentado na última sexta-feira (14) pelo ministro Gilmar Mendes com base nas discussões feitas nas audiências sobre o tema desde agosto do ano passado.O objetivo é alcançar consenso, mas se houver divergência, os pontos vão à votação. Os trechos mais controversos são os que tratam da exploração mineral em terras indígenas e do licenciamento ambiental para atividades potencialmente poluidoras nesses territórios. A comissão que busca uma conciliação sobre a Lei do Marco Temporal é composta por representantes do governo federal, do Congresso, dos estados e municípios e dos povos indígenas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a debater na manhã desta segunda-feira (17), a minuta que será proposta ao Congresso para alterar a Lei do Marco Temporal. O texto foi apresentado na última sexta-feira (14) pelo ministro Gilmar Mendes com base nas discussões feitas nas audiências sobre o tema desde agosto do ano passado.

O objetivo é alcançar consenso, mas se houver divergência, os pontos vão à votação. Os trechos mais controversos são os que tratam da exploração mineral em terras indígenas e do licenciamento ambiental para atividades potencialmente poluidoras nesses territórios. A comissão que busca uma conciliação sobre a Lei do Marco Temporal é composta por representantes do governo federal, do Congresso, dos estados e municípios e dos povos indígenas.
 

No início da audiência desta segunda, representantes da União e do Ministério Público (MP) disseram que precisam de mais tempo para analisar a minuta apresentada por Gilmar Mendes. Os membros do Executivo afirmaram que precisam fazer um debate interno entre as áreas do governo para levar uma posição uníssona. O MP participa como ouvinte e não vota.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prorrogação da comissão, que tem seu encerramento previsto para o dia 24. O pedido não foi atendido porque, de acordo com os juízes auxiliares de Gilmar mendes, a prorrogação iria contra a determinação do ministro.

"Ao mesmo tempo em que elogiamos o esforço, temos que ponderar que em grande parte da minuta teremos que fazer destaques", ponderou Matheus Oliveira, procurador-chefe da Funai. O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena, disse que a bancada indígena ainda precisa analisar a proposta que o gabinete trouxe.

A mesa conciliatória está em sua 17ª audiência e essa é a primeira sessão de votação das propostas debatidas até agora. A ideia de Gilmar, relator das ações que questionam a Lei do Marco Temporal, é ao fim das audiências conciliatórias apresentar ao plenário do Supremo um anteprojeto de lei com as mudanças aprovadas na comissão. Se homologado pelo plenário, o texto vai à votação do Congresso.

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