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Publicada em 20 de Janeiro de 2025 às 01:25

Moraes mantém decisão e Bolsonaro não vai aos EUA para posse de Donald Trump

Ex-presidente disse estar constrangido por não poder ir ao evento

Ex-presidente disse estar constrangido por não poder ir ao evento

/EVARISTO SA/AFP/JC
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Agência Estado
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manter a decisão de não entregar o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele fosse aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, o ex-chefe do Executivo afirmou, no sábado (18), estar constrangido pela sua ausência na solenidade. A transferência de cargo ao norte-americano está marcada para hoje, a partir das 11h30min (Horário de Brasília).
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manter a decisão de não entregar o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele fosse aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, o ex-chefe do Executivo afirmou, no sábado (18), estar constrangido pela sua ausência na solenidade. A transferência de cargo ao norte-americano está marcada para hoje, a partir das 11h30min (Horário de Brasília).
Bolsonaro também declarou que espera o apoio de Trump para reverter a sua inelegibilidade no Brasil. "Com toda certeza, se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades politicas, como essas duas minhas que eu tive", disse o ex-presidente.
O ex-chefe do executivo brasileiro não detalhou como Trump poderia alterar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível por 8 anos. Na avaliação de Bolsonaro, somente "a presença" do aliado dos EUA pode alterar a sua situação.
"(O Trump) não vai admitir certas pessoas pelo mundo perseguindo opositores, o que chama de lawfare, que ele sofreu lá. Grande semelhança entre ele e eu", afirmou.
"Eu estou chateado. Estou abalado ainda. Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo", disse em alusão ao ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro ainda afirmou que não tem a mínima preocupação em relação aos crimes apontados no indiciamento pela Polícia Federal (PF).
As declarações foram feitas no Aeroporto de Brasília enquanto ex-presidente acompanhava o embarque da esposa Michelle Bolsonaro, que vai representá-lo, ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no evento que marca a volta de Trump à Casa Branca.
"Eu pré-acertei o encontro com o chefe de Estado (Trump) via Eduardo Bolsonaro e, lamentavelmente, não vou poder comparecer", disse o ex-presidente. "Eu queria estar acompanhando a minha esposa. Quem vai estar acompanhando lá é o meu filho Eduardo", afirmou.
Bolsonaro está com o passaporte retido por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A defesa do ex-presidente apresentou dois pedidos ao magistrado para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos temporariamente para a posse do norte-americano, pois teria recebido um convite de Trump para comparecer ao evento.
Moraes negou a petição original e o recurso, sob o argumento de que há risco real de "tentativa de evasão" de Bolsonaro "para se furtar à aplicação da lei penal". O ministro ainda destacou que o ex-presidente tem defendido a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023.
Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado que o ex-presidente está sendo perseguido e que "eles têm um certo medinho" de Bolsonaro por ser, em sua avaliação, o maior líder da direita brasileira.
Michelle e Eduardo Bolsonaro acompanharão a cerimônia de transmissão da presidência dos Estados Unidos hoje, em solenidade em Washington.

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