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Publicada em 26 de Novembro de 2024 às 17:52

PF diz que Bolsonaro saiu do Brasil em 2022 para evitar prisão

PF afirma que núcleos próximos de Bolsonaro mantinham frequentes contatos com os financiadores dos acampamentos de golpistas

PF afirma que núcleos próximos de Bolsonaro mantinham frequentes contatos com os financiadores dos acampamentos de golpistas

Diego Nuñez/Especial/JC
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Folhapress
No relatório final sobre a trama golpista, a Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados deixaram o Brasil no fim de 2022 para evitar uma prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023.
No relatório final sobre a trama golpista, a Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados deixaram o Brasil no fim de 2022 para evitar uma prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023.
Segundo a PF, Bolsonaro tinha conhecimento dos atos do 8 de janeiro e mantinha contato com os financiadores dos acampamentos em frente aos quartéis. "Apesar de não empregado no ano de 2021, o plano de fuga foi adaptado e utilizado no final do ano de 2022, quando a organização criminosa não obteve êxito na consumação do golpe de Estado.
Conforme será descrito nos próximos tópicos, Jair Bolsonaro, após não conseguir o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura institucional, saiu do país, para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023: "festa da Selma", diz um trecho do relatório final da PF.
Para sustentar a alegação do conhecimento de Bolsonaro sobre o 8 de janeiro, os investigadores da PF usam uma troca de mensagens do então ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, com o também militar Sérgio Cavaliere -- ambos indiciados. 
Segundo o relatório da PF, em um diálogo realizado em 4 de janeiro de 2023, Cavaliere questiona Cid se há algo para acontecer. Em resposta, o então ajudante de ordens de Bolsonaro encaminha duas mensagens que foram apagadas e complementa que é algo "bom". No dia 04/01/2023, Cavaliere pergunta se "Ainda tem algo para acontecer?", referindo-se, possivelmente, a uma ruptura institucional. Mauro Cid encaminha duas respostas, que foram apagadas. Diante do conteúdo das mensagens apagadas, Cavaliere indaga: "Coisa boa ou coisa horrível?" e em seguida diz: "Bom". Mauro Cid em resposta à pergunta de Cavaliere diz: "Depende para quem. Para o Brasil é boa", diz o relatório da PF sobre o diálogo.
A PF afirma ainda que núcleos próximos de Bolsonaro mantinham frequentes contatos com os financiadores dos acampamentos em frente aos quartéis que culminaram no atos do 8 de janeiro.

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