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Publicada em 19 de Junho de 2024 às 17:20

Câmara de Porto Alegre realiza reuniões com comunidades do bairro Sarandi

Encontros promoveram diálogo entre população afetada pelas enchentes e representantes da Prefeitura

Encontros promoveram diálogo entre população afetada pelas enchentes e representantes da Prefeitura

Ederson Nunes/CMPA/Divulgação/JC
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Agências
A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou dois encontros na semana passada para ouvir as principais demandas da população afetada pelas enchentes no bairro Sarandi, um dos mais atingidos na Capital. Na ocasião, estiveram presentes parlamentares de todos os espectros políticos. 
A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou dois encontros na semana passada para ouvir as principais demandas da população afetada pelas enchentes no bairro Sarandi, um dos mais atingidos na Capital. Na ocasião, estiveram presentes parlamentares de todos os espectros políticos. 
O mais recente deles foi proposto pelo vereador Pedro Ruas (PSOL) e aconteceu na última terça-feira (18), com a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), presidida pelo vereador Alvoni Medina (Republicanos). Como convidados, estiveram presentes representantes de órgãos vinculados à prefeitura. 
Um dos temas abordados foi a questão do lixo nas ruas do bairro. Sobre isso, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) esclareceu que ainda não foi finalizado o serviço de recolhimento dos rejeitos e de limpeza das vias, mas que não há como "fazer promessas" de que os trabalhos poderão ser finalizados rapidamente. 
O presidente da Associação dos Moradores das Vilas Elizabeth e Parque, Jacerdi de Araújo, insatisfeito, cobrou que os mutirões sejam intensificados "para ontem", se queixando de um possível "abandono" da prefeitura com o bairro. “Em outros bairros já foram feitas mais de uma faxina e aqui nenhuma”.  A Comissão, no entanto, irá negociar a questão com o município, principalmente em relação à transparência do cronograma de limpeza. 
Reclamações semelhantes ocorreram no encontro da última sexta-feira (14), convocado pelo próprio presidente do Legislativo, vereador Mauro Pinheiro (PL). A elas, se somaram cobranças quanto a moradias para a população que morava acima do dique e que tiveram suas residências demolidas, com queixas à proposta da construção de cidades provisórias. Outras reivindicações foram em relação à manutenção dos diques e do sistema de proteção contra enchentes, à recuperação econômica do bairro, e com o atendimento à saúde. 
O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Mauricio Loss, falou em uma “sequência de problemas” ao longo de décadas e disse que “o momento é de resolver, e não de procurar culpados”. Disse que a prefeitura só identificou o rompimento do dique após a água baixar, mas que o problema foi sanado provisoriamente e que serão realizadas obras para consertar a estrutura e aumentar a cota de inundação, sem data de início definida.
Já a a secretária municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Simone Somensi, afirmou que "Em termos de habitação, é uma tragédia como nunca havia ocorrido na cidade” e que a Prefeitura está elaborando planos de ação habitacional, buscando também recursos estaduais e federais. Ela relembrou os programas já existentes: o compra compartilhada e o bônus moradia; assim como o recém criado Estadia Solidária, com duração de um ano. De acordo com ela, também estão sendo desenvolvidos projetos de casas rápidas e de destinação de prédios públicos reformados, pelo programa chamado retrofit.

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