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Publicada em 13 de Junho de 2024 às 17:29

Lula recusa apelo suíço para ir a Cúpula de paz patrocinada pela Ucrânia

Presidente defende importância de tanto Ucrânia quanto Rússia estarem representadas no evento

Presidente defende importância de tanto Ucrânia quanto Rússia estarem representadas no evento

Valter Campanato/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou nesta quinta-feira (13) um novo apelo do governo da Suíça para que participasse de uma conferência de paz patrocinada pela Ucrânia, neste fim de semana, em solo suíço. O Palácio do Planalto informou que Lula recebeu o convite da presidente da Suíça, Viola Amherd, com quem se reuniu em Genebra, mas o recusou. 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou nesta quinta-feira (13) um novo apelo do governo da Suíça para que participasse de uma conferência de paz patrocinada pela Ucrânia, neste fim de semana, em solo suíço. O Palácio do Planalto informou que Lula recebeu o convite da presidente da Suíça, Viola Amherd, com quem se reuniu em Genebra, mas o recusou. 
Lula já havia indicado aos organizadores suíços e aos ucranianos que não participaria da conferência. O encontro global almeja discutir com altos representantes, chefes de Estado e de governo a "fórmula de paz" com 10 pontos centrais, elaborada pelo presidente Volodymyr Zelenski. O Brasil deve ser representado pela embaixadora Cláudia Fonseca Buzzi, representante do País na Suíça.
A Ucrânia busca apoio a suas exigências e quer levar sua proposta à mesa para discussão com a Rússia de Vladimir Putin apenas num segundo momento. Os russos já se manifestaram contra itens da pauta de Zelenski e foram excluídos da conferência.
A Ucrânia exige a devolução de territórios — como a Crimeia, tomada em 2014 — e a retirada total das tropas russas imediatamente. Moscou rejeita iniciar negociações sem manter o atual cenário no terreno, com os territórios que ocupa desde fevereiro de 2022.
O argumento de Lula é que as negociações somente vão prosperar se ambos países estiverem representados nas cúpulas internacionais. Essa posição foi verbalizada pelo petista dias antes da viagem à Europa, ao falar na necessidade de desescalada na guerra, e consta em proposta assinada por Brasil e China no fim de maio. Ucranianos e democracias ocidentais, sobretudo as representadas no G7, veem a posição do governo Lula como mais alinhada a Putin.
"O presidente cumprimentou a Suíça pela organização da conferência, mas reiterou a posição do Brasil, de que uma solução para a crise demandaria a participação de representantes dos dois lados do conflito. E reiterou o interesse do Brasil de participar e ajudar a viabilizar discussões de paz entre as duas partes", disse o Palácio do Planalto, em nota divulgada sobre o encontro bilateral no hotel onde o presidente hospedou-se.

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