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Publicada em 08 de Maio de 2024 às 18:47

Senado aprova recriação do seguro DPVAT e espera sanção do Executivo

Seguro para cobertura de acidentes de trânsito havia deixado de ser cobrado em 2020

Seguro para cobertura de acidentes de trânsito havia deixado de ser cobrado em 2020

FERNANDA FELTES/JC
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Folhapress
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o texto-base do projeto que recria o seguro de trânsito DPVAT. O projeto depende, agora, de sanção do presidente da República, além de regulamentação. O placar foi de 41 votos contra 28. Os senadores ainda vão votar os destaques — sugestões de mudanças — que podem alterar pontos do projeto.
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o texto-base do projeto que recria o seguro de trânsito DPVAT. O projeto depende, agora, de sanção do presidente da República, além de regulamentação. O placar foi de 41 votos contra 28. Os senadores ainda vão votar os destaques — sugestões de mudanças — que podem alterar pontos do projeto.
Tanto o valor a ser pago pelos motoristas como o da indenização serão definidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. O projeto de lei também não estabelece a data de início da cobrança — o que abre margem para que isso seja feito de forma proporcional ainda este ano. Segundo o relator e líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o valor estimado pelo Ministério da Fazenda fica entre R$ 50 e R$ 60 por ano por condutor, sem distinção entre motociclistas e motoristas de carro como antes.
O valor do DPVAT sofreu cortes, ano após ano, entre 2016 e 2020 — quando passou de R$ 292,01 para R$ 12,30, no caso de motos, e de R$ 105,65 para R$ 5,23, no caso de carros. A indenização era de R$ 13.500 por morte ou invalidez permanente. O DPVAT foi extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de 2019 e deixou de ser cobrado em 2020. Mesmo com o fim do pagamento, a cobertura aos usuários continuou sendo feita com recursos federais de um fundo administrado pela Caixa.
Desde que o valor estava prestes a ser esgotado, o governo Lula pensava em alternativas para manter o pagamento às vítimas. Uma das principais preocupações é com a situação de motociclistas que não têm seguro. O projeto de lei prevê o pagamento anual obrigatório do seguro e mantém a Caixa como operadora do fundo arrecadado. Quando foi eliminado, o seguro era gerido pela Seguradora Líder, consórcio formado por seguradoras privadas.
O novo seguro será batizado de SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito) — DPVAT era a sigla para Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não.
 

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