As eleições 2024 começaram para Sebastião Melo. O prefeito de Porto Alegre realizou, no início da tarde desta segunda-feira (15), seu evento público mais "eleitoral" até agora. Na capital gaúcha, reuniu correligionários e partidos aliados para confirmar definitivamente que será candidato.
Cercado de pretendes ao posto de vice-prefeito ou vice-prefeita, não confirmou com quem deve compor chapa para disputar o pleito. O evento foi na Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Municipal de Porto Alegre (Aiamu), no Centro Histórico.
"Vou ser candidato à reeleição!", bradou Melo, diante de aliados usando adesivos escrito “Bora Melo”, balançando bandeiras e entoando cantos de campanha como: “Porto Alegre ninguém segura, é o Melo na prefeitura”.
Diversos partidos tiveram representantes no ato partidário: MDB, PL, PP, Podemos, Republicanos, Cidadania, PSD, PRD e SD tiveram representantes, entre deputados federais, estaduais e vereadores. O vice-prefeito, Ricardo Gomes (sem partido, ex-PL) também esteve presente.
A vice-prefeitura, aliás, foi ponto central do ato. Durante seu discurso, Melo abordou o tempo das coisas - sabendo que seria o principal assunto da coletiva de imprensa que sucederia o evento.
“Eu vou construir com vocês a vice-prefeitura, com os partidos, com os vereadores. Uma construção. Uma coisa que não pode reinar entre nós é o individualismo. Se o projeto é coletivo, o vice também tem que ser. Uma aliança começa a dar certo quando se respeita o jeito e o tempo do outro”, discursou o prefeito.
“Vou conversar com os partidos para caminharmos juntos, mas vou respeitar profundamente aqueles que entenderem ter candidatura própria, porque isso é legítimo na democracia”, completou.
Os partidos aliados de Melo do Executivo pleiteiam a vice-candidatura. Foi o emedebista começar a falar sobre o seu candidato a vice-prefeito que a vereadora Cláudia Araújo (PSD) emendou: “ou vice-prefeita”, falou, do placo. Ela e o partido, comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, já informaram desejo em compor a chapa.
A tendência de momento é que o PL permaneça com a vaga. Sem Ricardo Gomes, o partido trabalha um nome para indicar ao prefeito, já cada vez mais reaproximado a Melo. “O PL é parte importante do governo. Tenho orgulho de andar do lado do Ricardo (Gomes). Tenho conversado com o PL. O PL vai estar junto nesse processo. Nós estamos juntos. E o PL reivindica que seja indicado o vice. Já tem colocado isso publicamente. Precisamos construir esse processo”, declarou o prefeito, já em coletiva.
Presente no evento estava o deputado federal Tenente-Coronel Zucco, que já foi cotado para liderar uma hipotética candidatura própria do PL em Porto Alegre. É vontade pública do ex-presidente Jair Bolsonaro que o partido tenha candidatos nas principais cidades do País. Zucco, nesse primeiro palanque pré-eleitoral de Melo, acena a um consenso.
Também este presente no evento a vereadora Comandante Nádia, que migrou para o PL durante a janela partidária. Ela é uma das cotadas a ser indicada pelo partido.
Outro partido que pleiteia a vaga é o PP. A ex-presidente da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) Simone Leite (PP) foi pessoalmente convidada por Melo para a chapa e chegou a mudar seu título eleitoral de Canoas para Porto Alegre, na perspectiva de concorrer. Cogitou-se a possibilidade de ela trocar os Progressistas pelo PL, mas ela se manteve no partido.
Também compareceu ao ato o vereador Cassiá Carpes, que acabou de trocar o PP pelo Cidadania, que está federado com o PSDB. Os partidos ainda não definiram um posicionamento após a deputada Delegada Nadine Anflor (PSDB) descartar uma candidatura na Capital.
“Que bom que tenha vários partidos que queiram a vice-prefeitura. Isso é da natureza do processo”, disse Melo. Questionado sobre prazo para definição, disse que o prazo legal são as convenções partidárias, que vão de 20 de julho a 5 de agosto. Porém, afirmou em seguida que “não pretende demorar”.
“Que bom que tenha vários partidos que queiram a vice-prefeitura. Isso é da natureza do processo”, disse Melo. Questionado sobre prazo para definição, disse que o prazo legal são as convenções partidárias, que vão de 20 de julho a 5 de agosto. Porém, afirmou em seguida que “não pretende demorar”.