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Publicada em 06 de Abril de 2024 às 10:45

Painel no Fórum da Liberdade abordou a liberdade de imprensa e de expressão

Painel "O Poder da Mordaça"contou com a presença de Gustavo Maultasch, Marcel Van Hattem, Marcelo Rech e Mônica Salgado

Painel "O Poder da Mordaça"contou com a presença de Gustavo Maultasch, Marcel Van Hattem, Marcelo Rech e Mônica Salgado

FERNANDA FELTES/JC
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Matheus Trevizan
Matheus Trevizan
“É considerado o maior espaço de debates políticos, sociais e econômicos da América Latina”, assim começou a abertura do painel intitulado “O Poder da Mordaça”, na tarde de sexta-feira (6) no Fórum da Liberdade. O painel contou com a presença de Gustavo Maultasch, Marcel Van Hattem, Marcelo Rech e Mônica Salgado.
“É considerado o maior espaço de debates políticos, sociais e econômicos da América Latina”, assim começou a abertura do painel intitulado “O Poder da Mordaça”, na tarde de sexta-feira (6) no Fórum da Liberdade. O painel contou com a presença de Gustavo Maultasch, Marcel Van Hattem, Marcelo Rech e Mônica Salgado.
O debate iniciou com uma apresentação de música ao vivo conduzida pela banda Cinnamon e logo depois o deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) foi convidado para subir ao palco para fazer um discurso de entrega de uma distinção ao Instituto de Estudos Empresariais (IEE), no caso, uma medalha da 56° Legislatura foi entregue para o instituto.

“Qual o futuro da liberdade de expressão?” Essa foi a pergunta que abriu o painel. “Toda a tirania surge mascarada de boas intenções”, continuou o apresentador e mediador Richard Sacks que em seu discurso interrogava o público presente, com perguntas que questionavam quem já havia deixado de expressar as suas opiniões por medo de ser cancelado ou perseguido e alertava as pessoas que era preciso se manter vigilante e atento para que a mordaça não caia sobre ninguém.
O primeiro convidado a discursar foi o jornalista e consultor Marcelo Rech que começou a sua participação citando suas presenças anteriores nos Fóruns da Liberdade e a trajetória do IEE. Rech afirmou que o jornalismo hoje é muito mais complexo e amplo, não sendo limitado mais somente aos campos tradicionais de texto, rádio, televisão e fotografia, e discorreu sobre os significados que podem aparecer ao se procurar o termo imprensa na internet ou no Wikipedia, por exemplo. Rech defendeu que devem ser feitas delimitações do termo imprensa e que esse conceito certamente não se refere ao conjunto de redes sociais. “Podem ser considerados mídia, mas não imprensa” disse, reforçando que espaços como grupos de ‘zap’ não são imprensa.

O jornalista reafirmou a importância da diversidade de posições políticas e citou que a imprensa não deve ser uma ferramenta de propaganda. “Quando se fala em liberdade de imprensa, ela está associada ao jornalismo e portanto ativismo é ativismo e jornalismo é jornalismo” ressaltou o palestrante.

Gustavo Maultasch focou no embate entre direita e esquerda e sobre considerar determinado lado o “certo”. Ele citou como exemplo os casos onde se é dito que não se pode criticar a ciência, mas argumentou que a ciência também erra e muitas vezes é imoral, citando como referência o caso do racismo científico.

Encaminhando-se para encerrar a sua palestra, Maultasch comentou que a democracia não tem uma garantia de que algo vai acontecer como a gente queira. “Ela é uma competição retórica para a transição pacífica de poder e assim evitamos a tirania” afirmou.

Ao entrar no palco, Mônica Salgado confessa que está um pouco nervosa, fora da sua zona de conforto e em seu discurso agradeceu que o seu ingresso no mercado de trabalho a afastou da área das hard news.

Entretanto, comenta que nem assim conseguiu se afastar da militância e que a cultura woke que coloca no centro o identitarismo, já mostrava os seus tentáculos no início de 2010.

O último convidado a subir ao palco foi o deputado federal Marcel van Hattem (Novo) que mirou seu discurso no campo político, com críticas ao STF. Além de falar sobre os cenários na Venezuela e na Nicarágua, também abordou a liberdade de imprensa na Rússia.

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