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Publicada em 29 de Março de 2024 às 18:13

Entidades seguem mobilizadas contra decreto do governo do Estado

Rodrigo Sousa Costa (Federasul), Gilberto Petry (Fiergs) e Antonio Cesa Longo (Agas) comentam prorrogação do início de projeto que corta benefícios fiscais

Rodrigo Sousa Costa (Federasul), Gilberto Petry (Fiergs) e Antonio Cesa Longo (Agas) comentam prorrogação do início de projeto que corta benefícios fiscais

EVANDRO OLIVEIRA,TÂNIA MEINERZ,ANA TERRA FIRMINO/JC
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Caren Mello
Caren Mello
A prorrogação da entrada em vigor dos decretos do Governo do Estado de corte de benefícios não demoveu as entidades empresariais, que permanecerão mobilizadas pela definitiva retirada de pauta ou por uma proposta menos prejudicial a população e produtores. Uma manifestação deverá acontecer nesta segunda-feira, em frente ao Palácio Piratini, como forma de demonstrar a desconformidade com a linha adotada pelo Governo Leite."A prorrogação por 30 dias foi apenas uma jogada de marketing. Ficaria muito feio para o governo essa decisão em 1o. de abril", avaliou o presidente da Federasul, Rodrigo Costa, para quem também se trata de uma tentativa de desmobilização das entidades e esvaziamento do protesto que terá início às 15h.Costa entende que as reuniões com o governo têm sido infrutíferas, inclusive com negativas a convites da Federasul para encontros de debates. Além de ser irredutível, aponta o dirigente, Leite estaria desconsiderando a previsão de uma supersafra para este ano. "O senso de urgência do governo é porque está vendo a arrecadação subir e perderá o argumento de aumento da alíquota. Não nos intimidaremos, vamos exigir o cumprimento da promessa de campanha. Ele se elegeu em função desta promessa", acusa. Costa defende que o Estado acredite e invista nas forças produtiva locais como forma de maior arrecadação e desenvolvimento. A mobilização, no entanto, não terá a presença de entidades como Farsul, Fiergs e Agas. A entidade reprentativa da Agricultura realizou assembleia com mais de 90 afiliadas, deixando livres os sindicatos associados a decidirem pela adesão, enquanto a Fiergs vê como válida a iniciativa, mas não comparecerá oficialmente. "É uma iniciativa democrática, mas não estamos convocando. Nossa posição é a criação de câmaras técnicas. Deixamos claro que não queremos o Estado sem condições de prestar serviços, mas não nesse nível de aumento", ponderou o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.O dirigente relatou que, em reunião no último domingo entre o Governo, Farsul, Fecomercio, Fiergs e outras entidades, foram apresentados estudos que mostram que a arrecadação, que era "ad valores" e passou a ser "ad rem", foi o que fez subir, efetivamente, o imposto. "O que era 12% no diesel, está 18%. Na gasolina era 25%, foi para 17% e já está em 24%. Com as taxas de energia elétrica desde maio, temos a previsão de que aumentaria em R$ 2,5 bilhões a arrecadação", aponta Petry.A mesma posição tem a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Embora tenha assinado o manifesto, a Agas aposta no diálogo para que encontre um denominador comum. "O governador sempre nos recebeu. Entendo que a questão está zebrada. Vamos começar uma nova rodada de discussões já nesta semana", disse o presidente Antônio Longo, que elogiou a decisão do governador.Longo elogiou a compreensão do governo, e vê a chegada da hora de correções das propostas. O momento seria de entender os gargalos e as formas de equalização, para que nenhum lado perca. "Se não for resolvido em 30 dias, que é um prazo curto para resolver problemas históricos do Estado, tenho certeza que o governador prorrogará por mais 30 ao ver que todos estão empenhados por uma solução", diz. "Cada federação, cada entidade tem algo a complementar para que todos possam continuar consumindo", observou. O entendimento de Longo é que não se poderia impor mais dificuldades ao pequeno produtor. "O governo foi sensível, mas nada do que falamos em todas as conversas será retirado", alertou.A Fecomercio-RS, que também não participará do protesto, comemorou a prorrogação, após o que chamou de "exaustivas conversas e diálogos". O presidente Luiz Carlos Bohn garante que continuará atuando para que, passado este fôlego de 30 dias, os decretos sejam revogados e que se encontre uma alternativa sem aumento de impostos para a população.
A prorrogação da entrada em vigor dos decretos do Governo do Estado de corte de benefícios não demoveu as entidades empresariais, que permanecerão mobilizadas pela definitiva retirada de pauta ou por uma proposta menos prejudicial a população e produtores. Uma manifestação deverá acontecer nesta segunda-feira, em frente ao Palácio Piratini, como forma de demonstrar a desconformidade com a linha adotada pelo Governo Leite.

"A prorrogação por 30 dias foi apenas uma jogada de marketing. Ficaria muito feio para o governo essa decisão em 1o. de abril", avaliou o presidente da Federasul, Rodrigo Costa, para quem também se trata de uma tentativa de desmobilização das entidades e esvaziamento do protesto que terá início às 15h.

Costa entende que as reuniões com o governo têm sido infrutíferas, inclusive com negativas a convites da Federasul para encontros de debates. Além de ser irredutível, aponta o dirigente, Leite estaria desconsiderando a previsão de uma supersafra para este ano. "O senso de urgência do governo é porque está vendo a arrecadação subir e perderá o argumento de aumento da alíquota. Não nos intimidaremos, vamos exigir o cumprimento da promessa de campanha. Ele se elegeu em função desta promessa", acusa. Costa defende que o Estado acredite e invista nas forças produtiva locais como forma de maior arrecadação e desenvolvimento.

A mobilização, no entanto, não terá a presença de entidades como Farsul, Fiergs e Agas. A entidade reprentativa da Agricultura realizou assembleia com mais de 90 afiliadas, deixando livres os sindicatos associados a decidirem pela adesão, enquanto a Fiergs vê como válida a iniciativa, mas não comparecerá oficialmente. "É uma iniciativa democrática, mas não estamos convocando. Nossa posição é a criação de câmaras técnicas. Deixamos claro que não queremos o Estado sem condições de prestar serviços, mas não nesse nível de aumento", ponderou o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.

O dirigente relatou que, em reunião no último domingo entre o Governo, Farsul, Fecomercio, Fiergs e outras entidades, foram apresentados estudos que mostram que a arrecadação, que era "ad valores" e passou a ser "ad rem", foi o que fez subir, efetivamente, o imposto. "O que era 12% no diesel, está 18%. Na gasolina era 25%, foi para 17% e já está em 24%. Com as taxas de energia elétrica desde maio, temos a previsão de que aumentaria em R$ 2,5 bilhões a arrecadação", aponta Petry.

A mesma posição tem a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Embora tenha assinado o manifesto, a Agas aposta no diálogo para que encontre um denominador comum. "O governador sempre nos recebeu. Entendo que a questão está zebrada. Vamos começar uma nova rodada de discussões já nesta semana", disse o presidente Antônio Longo, que elogiou a decisão do governador.

Longo elogiou a compreensão do governo, e vê a chegada da hora de correções das propostas. O momento seria de entender os gargalos e as formas de equalização, para que nenhum lado perca. "Se não for resolvido em 30 dias, que é um prazo curto para resolver problemas históricos do Estado, tenho certeza que o governador prorrogará por mais 30 ao ver que todos estão empenhados por uma solução", diz. "Cada federação, cada entidade tem algo a complementar para que todos possam continuar consumindo", observou. O entendimento de Longo é que não se poderia impor mais dificuldades ao pequeno produtor. "O governo foi sensível, mas nada do que falamos em todas as conversas será retirado", alertou.

A Fecomercio-RS, que também não participará do protesto, comemorou a prorrogação, após o que chamou de "exaustivas conversas e diálogos". O presidente Luiz Carlos Bohn garante que continuará atuando para que, passado este fôlego de 30 dias, os decretos sejam revogados e que se encontre uma alternativa sem aumento de impostos para a população.

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