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Publicada em 22 de Janeiro de 2024 às 18:36

Diretor-geral da Aneel visita RS enquanto milhares permanecem sem energia

Uma semana após temporal, estragos ainda afetam cotidiano no Rio Grande do Sul

Uma semana após temporal, estragos ainda afetam cotidiano no Rio Grande do Sul

FERNANDA FELTES/JC
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Passada uma semana do forte temporal que instaurou o caos em parte do Rio Grande do Sul, enquanto milhares de pessoas ainda permanecem sem acesso à luz principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Sandoval Feitosa, visitará o Estado nesta quarta-feira (24), juntamente à direção da empresa. Ele deve se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB), a diretoria da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e representantes das concessionárias do setor no Estado, como a CEEE Equatorial e a Rio Grande Energia (RGE). O encontro no Palácio Piratini, previsto para as 9h, deve reforçar a cobrança pela qualidade dos serviços de fornecimento de energia à população, diante da demora no trabalho de restabelecimento e religações. Até a última atualização da Equatorial, 8,3 mil moradias ainda estavam sem acesso à energia na área de concessão na empresa. No pico, o temporal do dia 16 resultou no maior número de unidades consumidoras sem energia em 10 anos: 1,3 milhão de domicílios ficaram sem luz no Estado. Somente em Porto Alegre, a falta de energia em todas as estações de tratamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) resultou em 1,2 milhão de pessoas sem água. “Conversei mais uma vez por telefone nesta segunda-feira (22) com o diretor-geral da Aneel e ajustei sua vinda ao RS para fazermos reuniões de trabalho com equipes do Estado, das concessionárias e dos municípios mais impactados pela falta de energia elétrica nos últimos dias", afirmou Leite. "Compartilho a indignação da população com a demora no retorno da luz, e seguiremos fazendo todo o possível, em um esforço conjunto, para cobrar as concessionárias e exigir a prestação de serviço adequada”, completou o governador.Na sexta-feira (19), após se reunir com a diretoria da Agergs, Leite disse que mantinha contato frequente com Feitosa e adiantou que convidaria o diretor-geral para uma reunião no Estado. “Estou convidando para que ele venha ao RS para trabalharmos para acharmos soluções em função deste novo normal que estamos vivenciando das condições climáticas, que é completamente diferente. Ele me falou que está chamando logo mais para fevereiro uma reunião das grandes concessionárias de energia elétrica no Brasil para trabalhar sobre alterações na própria estrutura dos serviços para contemplar o que está acontecendo”, disse o governador na ocasião. “Não é exclusividade do RS. Observamos São Paulo recentemente tendo eventos climáticos que também geraram grande indignação com a dificuldade de prestação de energia elétrica por lá. Vamos continuar em cima, demandando, cobrando para que o serviço se restabeleça o quanto antes”, continuou.Leite também havia comentado sobre uma possível cassação da concessão da CEEE Equatorial, empresa que decidiu privatizar em leilão realizado em 2021. “Não é um serviço concedido pelo Estado. É da união a concessão de energia elétrica. Não há o que se falar do Estado promover qualquer tipo de revogação, cassação de concessão que não é de um serviço seu. O que o Estado fez foi a privatização de uma companhia que era operadora de um serviço público que é concedido pela União. E que se o estado não tivesse feito a privatização, já tinha um processo de cassação da concessão por não cumprimento de parâmetros da empresa estatal”, disse.A reunião também terá as presenças da presidente da Agergs, Luciana Luso de Carvalho e dos diretores-presidentes das duas maiores concessionárias de energia no RS, Riberto Barbarena, da CEEE Equatorial, e Marco Antônio Villela de Abreu, da RGE. Também estão previstas as participações dos prefeitos de Porto Alegre, Sebastião Melo; de Gravataí, Luiz Zaffalon; de Cachoeirinha, Cristian Rosa; e de Canoas, Nedy de Vargas Marques, municípios mais afetados pela prolongada interrupção de energia.No sábado (20/1), Leite esteve nas sede da RGE, em São Leopoldo, e da CEEE Equatorial, na Capital, para monitorar o andamento do trabalho de restabelecimento de energia dos consumidores que permaneciam desassistidos.
Passada uma semana do forte temporal que instaurou o caos em parte do Rio Grande do Sul, enquanto milhares de pessoas ainda permanecem sem acesso à luz principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Sandoval Feitosa, visitará o Estado nesta quarta-feira (24), juntamente à direção da empresa.

Ele deve se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB), a diretoria da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e representantes das concessionárias do setor no Estado, como a CEEE Equatorial e a Rio Grande Energia (RGE).

O encontro no Palácio Piratini, previsto para as 9h, deve reforçar a cobrança pela qualidade dos serviços de fornecimento de energia à população, diante da demora no trabalho de restabelecimento e religações. Até a última atualização da Equatorial, 8,3 mil moradias ainda estavam sem acesso à energia na área de concessão na empresa. No pico, o temporal do dia 16 resultou no maior número de unidades consumidoras sem energia em 10 anos: 1,3 milhão de domicílios ficaram sem luz no Estado. Somente em Porto Alegre, a falta de energia em todas as estações de tratamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) resultou em 1,2 milhão de pessoas sem água.

“Conversei mais uma vez por telefone nesta segunda-feira (22) com o diretor-geral da Aneel e ajustei sua vinda ao RS para fazermos reuniões de trabalho com equipes do Estado, das concessionárias e dos municípios mais impactados pela falta de energia elétrica nos últimos dias", afirmou Leite. "Compartilho a indignação da população com a demora no retorno da luz, e seguiremos fazendo todo o possível, em um esforço conjunto, para cobrar as concessionárias e exigir a prestação de serviço adequada”, completou o governador.

Na sexta-feira (19), após se reunir com a diretoria da Agergs, Leite disse que mantinha contato frequente com Feitosa e adiantou que convidaria o diretor-geral para uma reunião no Estado.

“Estou convidando para que ele venha ao RS para trabalharmos para acharmos soluções em função deste novo normal que estamos vivenciando das condições climáticas, que é completamente diferente. Ele me falou que está chamando logo mais para fevereiro uma reunião das grandes concessionárias de energia elétrica no Brasil para trabalhar sobre alterações na própria estrutura dos serviços para contemplar o que está acontecendo”, disse o governador na ocasião.

“Não é exclusividade do RS. Observamos São Paulo recentemente tendo eventos climáticos que também geraram grande indignação com a dificuldade de prestação de energia elétrica por lá. Vamos continuar em cima, demandando, cobrando para que o serviço se restabeleça o quanto antes”, continuou.

Leite também havia comentado sobre uma possível cassação da concessão da CEEE Equatorial, empresa que decidiu privatizar em leilão realizado em 2021. “Não é um serviço concedido pelo Estado. É da união a concessão de energia elétrica. Não há o que se falar do Estado promover qualquer tipo de revogação, cassação de concessão que não é de um serviço seu. O que o Estado fez foi a privatização de uma companhia que era operadora de um serviço público que é concedido pela União. E que se o estado não tivesse feito a privatização, já tinha um processo de cassação da concessão por não cumprimento de parâmetros da empresa estatal”, disse.

A reunião também terá as presenças da presidente da Agergs, Luciana Luso de Carvalho e dos diretores-presidentes das duas maiores concessionárias de energia no RS, Riberto Barbarena, da CEEE Equatorial, e Marco Antônio Villela de Abreu, da RGE. Também estão previstas as participações dos prefeitos de Porto Alegre, Sebastião Melo; de Gravataí, Luiz Zaffalon; de Cachoeirinha, Cristian Rosa; e de Canoas, Nedy de Vargas Marques, municípios mais afetados pela prolongada interrupção de energia.

No sábado (20/1), Leite esteve nas sede da RGE, em São Leopoldo, e da CEEE Equatorial, na Capital, para monitorar o andamento do trabalho de restabelecimento de energia dos consumidores que permaneciam desassistidos.

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