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Investigação

- Publicada em 25 de Outubro de 2023 às 09:23

Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, é alvo de nova fase da operação da PF sobre o 8/1

Operação tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os ataques em Brasília

Operação tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os ataques em Brasília


Marcelo Camargo/Agência Brasil/JC
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quarta-feira (25) a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas que incitaram, participaram e fomentaram as invasões e depredações ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro. Nesta etapa, 12 pessoas são investigadas. Um dos alvos de busca e apreensão é Leonardo Rodrigues de Jesus, que tem o apelido de Leo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quarta-feira (25) a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas que incitaram, participaram e fomentaram as invasões e depredações ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro. Nesta etapa, 12 pessoas são investigadas. Um dos alvos de busca e apreensão é Leonardo Rodrigues de Jesus, que tem o apelido de Leo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao todo, são cinco mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). "Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo", diz a PF em nota.
Léo Índio é um dos investigados no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República para apurar a organização e financiamento das manifestações de 7 de setembro e os ataques ao STF. Em 31 de agosto, dias antes dos atos, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizasse a tomada de depoimento de Índio.
Moraes acatou o pedido e também ordenou ao Facebook, Instagram, Twitter e Youtube o bloqueio de suas contas e das chaves PIX divulgadas por ele para arrecadar valores a serem utilizados no financiamento das manifestações.
O primo dos filhos de Bolsonaro entrou na mira da investigação após postar em suas redes sociais uma campanha de arrecadação de dinheiro para financiar as manifestações do 7 de setembro.
Nos dias que antecederam os atos, Índio divulgou em sua conta no Instagram várias chaves Pix para arrecadação de valores e, também, um QR Code para doações por meio de criptomoedas. Todos foram bloqueados por ordem de Moraes.
A operação da PF sobre o 8/1 tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.