O Senado aprovou nesta quinta-feira a medida provisória (MP) que reestrutura o governo Lula (PT). A poucas horas do fim do prazo após as ameaças da Câmara dos Deputados de enterrar o texto, os senadores aprovaram a MP em cerca de duas horas. O texto foi aprovado por 51 a 19 e uma abstenção.
A MP reorganiza o governo federal e cria novos ministérios, como o da Cultura, da Indústria e dos Povos Indígenas. Se perdesse a validade nesta quinta, a Esplanada dos Ministérios deveria retomar o desenho de Jair Bolsonaro (PL), com 23 pastas em vez de 37.
Diferentemente do que ocorreu na Câmara, a MP foi aprovada pelo Senado sem grandes obstáculos. Em meio às reclamações dos deputados federais nesta quarta, senadores afirmavam que votariam a MP independentemente do tempo que tivessem para isso.
Em outro sinal de boa vontade do Senado com o Planalto, o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), escalou o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), para relatar o texto.
Antes da votação, Pacheco afirmou que "pode haver críticas à articulação", mas disse que todos os senadores compreendem a importância da MP dos ministérios para a estruturação do governo.
"Obviamente que pode haver críticas à articulação política, mas nada que leve a uma situação dessas, de não aprovar a principal medida provisória do país e do governo. A estruturação de ministérios, instituições, seria muito ruim interromper isso."
A MP perderia a validade nesta quinta se não fosse aprovada pelo Congresso. Justamente pela falta de tempo, o Senado manteve o texto da Câmara dos Deputados - aprovado na noite desta quarta por 337 votos a 125, e uma abstenção.
Folhapress


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