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Política

congresso nacional

- Publicada em 30 de Maio de 2023 às 19:50

Conselho de Ética abre processo contra 7 deputados

DISCUSSÃO DO - PL 8035/2010 QUE APROVA O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA O DECÊNIO 2011-202 
 DATA: 28/05/2014 

CÂMARA DOS DEPUTADOS PLENÁRIO

DISCUSSÃO DO - PL 8035/2010 QUE APROVA O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PARA O DECÊNIO 2011-202 DATA: 28/05/2014 CÂMARA DOS DEPUTADOS PLENÁRIO


GUSTAVO LIMA/AGÊNCIA CÂMARA/JC
O Conselho de Ética da Câmara abriu ontem processos disciplinares contra sete deputados federais por quebra do decoro parlamentar, esvaziando a lista de representações que estava engavetada desde o início do ano.
O Conselho de Ética da Câmara abriu ontem processos disciplinares contra sete deputados federais por quebra do decoro parlamentar, esvaziando a lista de representações que estava engavetada desde o início do ano.
Os alvos dos processos são os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Carla Zambelli (PL-SP), José Medeiros (PL-MT), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).
A abertura dos processos ocorre em meio ao esforço do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de conter manifestações exaltadas e agressões na casa, após um início de legislatura conturbado.
Os casos mais emblemáticos envolveram os deputados Nikolas Ferreira e Márcio Jerry.
O deputado mineiro é alvo de representação dos partidos PSOL, PT, PDT, PCdoB e PSB por ter usado a tribuna da Câmara para vestir uma peruca e fazer declarações transfóbicas no Dia Internacional da Mulher.
Na representação, os partidos de esquerda pedem que Nikolas seja punido com a perda de mandato. "Por suas falas transfóbicas, o Representado abusa de suas prerrogativas constitucionais e, por isso, deve perder o mandato", diz trecho do documento.
Após a repercussão do caso, Nikolas disse que não havia sido transfóbico no plenário. "Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica-e de não ter um homem no banheiro feminino. O que passar disso é histeria e narrativa", escreveu nas redes sociais.
Já o deputado Jerry é acusado de assédio por ter abordado por trás a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e ter dito palavras ao pé do ouvido durante bate-boca na audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, na Comissão de Segurança Pública da Câmara.
"Resta comprovado que nas dependências da Câmara dos Deputados, durante Sessão da Comissão de Segurança Pública no plenário, a deputada Julia Zanatta foi abordada pelo representado com comportamento inadequado e inaceitável para um parlamentar, em ato claro e incontestável de natureza abusivo com contornos de importunação sexual e ainda violência política contra a mulher", diz o PL na representação ao pedir a perda de mandato do parlamentar.
Após as acusações, Jerry negou que tivesse assediado a colega e disse ser vítima de fake news. "Eu estou juntando todas as publicações que foram feitas porque, a essa altura, opera-se um mecanismo que já é usual. Planta-se uma fake news e, na onda dessa divulgação, uma horda vai atrás dessa fake news para atacar a vítima, que no caso sou eu", disse.
A deputada Juliana Cardoso foi alvo de uma representação do PP, partido de Lira, por ter afirmado que os parlamentares que votaram favoráveis à urgência do projeto de lei do marco temporal na demarcação das terras indígenas eram "assassinos". "Adotou procedimento incompatível com o decoro parlamentar", escreveu o PP.
Eduardo Bolsonaro responderá por supostamente ter insultado o deputado gaúcho Marcon (PT), que questionou a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A correligionária Carla Zambelli se defenderá pelos xingamentos proferidos contra o deputado Duarte Jr (PSB-MA).
A deputada Talíria Petrone foi alvo de representação do PL por supostamente ter ofendido o deputado Ricardo Salles (PL-SP) durante sessão da CPI do MST, ao dizer que ele seria "acusado de fraudar mapas" e que teria "relação com o garimpo ilegal"; José Medeiros responde por, segundo o PT, intimidar a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.
Na sessão de ontem, o presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sorteou o nome de três parlamentares para cada representação. Caberá ao baiano definir, das listas tríplices, quem será o relator de cada processo disciplinar.