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Justiça eleitoral

- Publicada em 17 de Maio de 2023 às 20:01

Deltan chama cassação de 'festa para corruptos e Lula'

Ex-procurador (c) disse que perdeu mandato por combater corrupção

Ex-procurador (c) disse que perdeu mandato por combater corrupção


/Lula Marques/Agência Brasil/Divulgação/JC
O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou, nesta quarta-feira (17), que perdeu o mandato porque combateu a corrupção. "A verdade é uma só, perdi meu mandato porque combati a corrupção. Hoje é dia de festa para os corruptos e dia de festa para Lula", disse o ex-coordenador da Operação Lava Jato.
O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou, nesta quarta-feira (17), que perdeu o mandato porque combateu a corrupção. "A verdade é uma só, perdi meu mandato porque combati a corrupção. Hoje é dia de festa para os corruptos e dia de festa para Lula", disse o ex-coordenador da Operação Lava Jato.
"Fui cassado por vingança. Fui cassado porque ousei o que é mais difícil no Brasil: enfrentar sistema de corrupção", afirmou, em pronunciamento ao lado de parlamentares, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Deltan teve o registro de candidatura indeferido e, consequentemente, o mandato cassado em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorrido na noite desta terça-feira (16).
Deputados como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Lucas Redecker (PSDB-RS) acompanharam a entrevista em solidariedade ao colega. 
A presidente do Podemos, Renata Abreu, disse que fará recurso a instâncias superiores para reverter a decisão do TSE que cassou o mandato de Deltan. Ela tem duas opções em vista: uma apelação ao próprio TSE e um recurso no Supremo Tribunal Federal.
Com a cassação, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná indicou que a vaga aberta será ocupada por Itamar Paim, um pastor de Paranaguá, que teve 47 mil votos.
O Podemos defendia que Luiz Carlos Hauly substituísse Deltan, mas o PL argumentou que ele não havia atingido o quociente eleitoral mínimo e reivindicou a vaga.
 

Decisão acusa deputado de fraudar Lei da Ficha Limpa

Na decisão unânime que cassou a candidatura de Deltan Dallagnol, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que o parlamentar tentou burlar a Lei da Ficha Limpa. Os ministros concluíram que ele pediu exoneração quase um ano antes da eleição para se livrar de procedimentos disciplinares que, se avançassem, poderiam impedir sua candidatura. Quando pediu exoneração, em novembro de 2021, o então procurador era alvo de reclamações e sindicâncias por suspeita de grampos clandestinos, violação de sigilo funcional, improbidade administrativa, abuso de poder e quebra de decoro.
"O pedido de exoneração teve o propósito claro e específico de burlar a incidência da inelegibilidade", afirmou o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, no julgamento.