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Política

saúde

- Publicada em 03 de Maio de 2023 às 20:18

Governo conclui reuniões para reestruturação do IPE

Rodada de negociações com partidos sobre alterações no projeto se aproxima do fim

Rodada de negociações com partidos sobre alterações no projeto se aproxima do fim


Carolina Greiwe/Ascom IPE Saúde/JC
A expectativa do governo do Rio Grande do Sul, que era de revelar o projeto final para a reestruturação do IPE-Saúde e enviá-lo para a Assembleia Legislativa ainda nesta semana, não se confirmou. Após bateria de negociações com os partidos do Parlamento, o governador Eduardo Leite (PSDB) avaliou sugestões e deu encaminhamento para que sejam feitos novos cálculos e atualizada a proposta. O projeto deverá ser apresentado nas próximas semanas.
A expectativa do governo do Rio Grande do Sul, que era de revelar o projeto final para a reestruturação do IPE-Saúde e enviá-lo para a Assembleia Legislativa ainda nesta semana, não se confirmou. Após bateria de negociações com os partidos do Parlamento, o governador Eduardo Leite (PSDB) avaliou sugestões e deu encaminhamento para que sejam feitos novos cálculos e atualizada a proposta. O projeto deverá ser apresentado nas próximas semanas.
O Executivo busca finalizar nesta quinta-feira (4) pela manhã, em encontro com deputados do PT, a série de reuniões entre a Casa Civil e as bancadas do Parlamento.
"Há a intenção de envio nesta semana. Vai haver uma avaliação. Vamos conversar com o governador para definir os próximos passos", havia afirmado o chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior (PSDB), horas antes de ser divulgada a decisão de que a matéria seria enviada apenas nas próximas semanas.
Desde que a proposta inicial para a crise no IPE foi divulgada, o Executivo recebeu 13 bancadas que compõem o Parlamento para ouvir sugestões e/ou críticas dos deputados em relação ao projeto. O governo também ouviu entidades médicas neste processo.
"As reuniões foram positivas, não somente pelo lado dos parlamentares, mas pelo lado dos usuários e também dos prestadores. No caso, dos médicos. A equipe está debruçada e ainda não concluímos as análises. Múltiplas sugestões vieram. Algumas têm fundamento, outras nem tanto e outras são impossíveis. Tudo vai depender no que vai ter de impacto no resultado final", disse Lemos.
Entre as sugestões, está aumentar o poder de decisão do conselho de administração do IPE-Saúde. "Defendo o fortalecimento do conselho de administração do órgão. Há uma necessidade de autarquias como essas terem autonomia e independência para fazer seu papel gerencial. Se o conselho tiver dados e elementos nas mãos e a legislação for ajustada para que tenha maior autonomia, não precisaremos fazer desta uma discussão politizada. Não é uma discussão de esquerda, direita, centro, é uma necessidade de equilibrar os custos de uma autarquia", opina o deputado Marcus Vinícius (PP).
Por sua vez, o PSOL aponta que, ante uma dívida atual de R$ 250 milhões, o IPE contaria com créditos com Poderes e autarquias do Estado que superariam os R$ 1 bilhão, referentes à retirada da contribuição de patronal nos precatórios entre 2004 e 2018 e à falta de repasse do pagamento de precatórios entre 2010 e 2022. O partido reconhece o déficit mensal de R$ 36 milhões e concorda que isso precisa ser corrigido, mas acredita que o IPE deva reaver esses valores.
Pelo União Brasil, o deputado Dr. Thiago Duarte afirma que a cobrança de dependente onera demais as famílias de salários mais baixos. "O valor para o cônjuge e para os dependentes está muito pesado, principalmente para os menores salários. Precisa ser mitigado. Isso vai acarretar em perda de receita, que pode ser corrigida com a possibilidade de coparticipação em consultas, cirurgias e internações, até um determinado limite. Só quem utiliza precisaria pagar. Já existe para consultas e procedimentos", diz.
Já o Novo acredita que a proposta poderia ser ainda mais rigorosa. "Defendemos que as mudanças precisam organizar as finanças do plano de saúde dos servidores estaduais a longo prazo", afirmou Felipe Camozzato (Novo). O deputado acredita que a gestão de despesas da instituição e uma avaliação de risco e histórico médico dos dependentes para a cobrança de contribuição ajudariam a equilibrar financeiramente o plano.