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Governo do Estado

- Publicada em 09 de Março de 2023 às 21:37

Governo do Rio Grande do Sul quer estruturar agência de desenvolvimento

Agência deve ter gestão privada e apoio do Estado para captação de investimento e prospecção de negócios

Agência deve ter gestão privada e apoio do Estado para captação de investimento e prospecção de negócios


Joel Vargas/GVG/JC
Diego Nuñez
O governador Eduardo Leite (PSDB) pretende finalizar a estruturação de uma agência de desenvolvimento e apresentá-la para a sociedade ainda neste primeiro semestre de 2023. Atualmente, o governo trabalha em benchmarking, estudando modelos de agências em outros estados e fora do País.
O governador Eduardo Leite (PSDB) pretende finalizar a estruturação de uma agência de desenvolvimento e apresentá-la para a sociedade ainda neste primeiro semestre de 2023. Atualmente, o governo trabalha em benchmarking, estudando modelos de agências em outros estados e fora do País.
A agência será o centro da política de desenvolvimento econômico e atração de investimentos do Palácio Piratini. "Vai ser o carro-chefe da nossa política de atração de investimentos", disse Leite durante o Tá Na Mesa, evento promovido pela Federasul na quarta-feira.
"O processo que fizemos até aqui é de benchmarking, de observar como outras agências funcionam. O secretário Ernani Polo (PP), de Desenvolvimento Econômico, foi a encontros com agências de outros estados. Encomendei estudos sobre como essas agências estão organizadas no mundo. Pretendo até o final deste primeiro semestre apresentar o projeto de estruturação dessa agência", já havia afirmado Leite, mais cedo, em entrevista coletiva.
A agência deve ser gerida pelo setor privado, com participação e financiamento do Estado. Leite quer uma agência independente, que possa conectar mercados e que compradores externos possam ter contato direto com a oferta produtiva gaúcha.
"Precisamos do trabalho técnico de uma agência qualificada com planejamento bem estruturado para fazer o contato 'one-to-one'. Ou seja, ligar o fornecedor aqui com o comprador lá para ajudar a fechar negócios", explicou. "Conectar a demanda de outros lugares do mundo com o que a gente oferta aqui", resumiu o governador.
Para ilustrar as atividades da agência, o chefe do Executivo trouxe exemplos do agronegócio. Em maio de 2021, a Organização Mundial de Saúde Animal certificou o Rio Grande do Sul como uma área livre de febre aftosa sem vacinação - doença contagiosa que afeta principalmente os bovinos.
A partir de então, ocorre uma corrida no setor para que outros países reconheçam esse certificado, com o objetivo de abrir novos mercados para a exportação de proteína animal.
Esse é um processo demorado e complexo que consiste no envio de delegações de inspeções sanitárias de outras nações para verificar a seguridade da produção de carne de boi, frango e suínos nas granjas e fazendas gaúchas.
Recentemente, esse processo ocorreu com o Chile, que no início do ano reconheceu o RS como área livre da aftosa sem vacinação. Isso habilita o mercado gaúcho para a exportação de animais e produtos de origem animal para o país vizinho.
O papel da agência será acelerar processos dessa natureza. Identificar possíveis mercados a serem explorados pelos produtos produzidos no Estado, identificar os gargalos e as principais dificuldades para as operações e monitorar possíveis soluções nessa prospecção de novos negócios.
"A prospecção de novos negócios e para investimentos no Estado exige um trabalho técnico robusto, de um esforço técnico muito muito grande - o que o Estado infelizmente não tem na sua própria capacidade administrativa. E que precisa ter financiamento público, porque as empresas fazem o seu trabalho, mas é importante que haja um esforço também com participação de recursos públicos", disse Leite.
É uma agência que "fique atenta às oportunidades". "Quando comece a ver algum movimento que seja detectado por jornais, mídia especializada no mundo financeiro, temos que conseguir detectar isso rapidamente, ter um banco de dados com informações já pré organizadas para responder rapidamente e atrair negócios", enunciou.
A agência que pretende unir público e privado já começa a atrair a atenção das entidades empresariais. Tanto é que, após a palestra do governador na Federasul, foi o primeiro tema abordado com Leite pelo novo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa.
 
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