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Mobilização

- Publicada em 23 de Janeiro de 2023 às 19:49

Fórum Social Mundial tem 1º dia em Porto Alegre

Fórum retoma seu nome original após edições como 'Fórum Social das Resistências'

Fórum retoma seu nome original após edições como 'Fórum Social das Resistências'


ISABELLE RIEGER/JC
Diego Nuñez
O Fórum Social Mundial retorna a Porto Alegre em um formato regionalizado. Após ter tido sua primeira edição na capital gaúcha, em 2001, o evento volta em edição especial com seu nome original, após seis anos sendo realizado como "Fórum Social das Resistências" - nominação que esboçava contrariedade ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O Fórum Social Mundial retorna a Porto Alegre em um formato regionalizado. Após ter tido sua primeira edição na capital gaúcha, em 2001, o evento volta em edição especial com seu nome original, após seis anos sendo realizado como "Fórum Social das Resistências" - nominação que esboçava contrariedade ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Conforme define sua carta de princípios, o FSM é um espaço internacional para a reflexão de alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais.
"Essa é uma edição regionalizada. O comitê internacional autorizou a diretiva aqui do RS, do Brasil, a realizar o Fórum Social Mundial regionalizado. O Fórum propriamente dito, aquele que a gente conhece com 100 mil pessoas, tem possibilidade de acontecer na Bahia em 2024. Criamos o Fórum Social das Resistências, que era bem para resistir à barbárie que estava ocorrendo no nosso País desde 2016. A partir do momento que houve essa mudança (saída de Jair Bolsonaro da presidência), houve esse desígnio de Fórum Social Mundial, com a retomada da ordem democrática", afirmou Ricardo Haebaert, componente do comitê organizador do Fórum.
É característica do Fórum que várias atividades culturais e palestras ocorram simultaneamente. Já a partir das 9 horas da manhã do primeiro dia, eram dez atividades que ocorriam ao mesmo tempo, antes mesmo da Feira de Economia Solidária, que marcou a abertura do evento.
Ao longo da segunda-feira (23), diversos temas foram abordados, como os impactos na saúde ambiental e na saúde indígena do garimpo na Amazônia - tema latente após a revelação das condições de vida da comunidade Yanomami em Roraima - população de rua, temas sensíveis a pessoas idosas, mostras de arte e cultura, esporte como ferramenta social, acesso à água potável, entre outros temas.
O Fórum acontece todos os dias em diferentes espaços da Assembleia Legislativa do Estado até o próximo sábado (28), com atividades durante a manhã, tarde e noite. Esta edição contará com a presença de três ministros: Marina Silva (Meio Ambiente, Rede) estará na quinta-feira (26) às 19h, mesmo dia em que comparece Nísia Trindade (Saúde), às 16h. Na sexta-feira (27), participará o secretário-geral da presidência, Márcio Macêdo (PT).
Na tarde do primeiro dia, um dos assuntos abordados foi a vulnerabilidade das pessoas em situação de rua, uma população crescente no País e no Estado nos últimos anos. “A gente está falando de uma parcela significativa da sociedade que sempre foi invibilizada e que está nessa condição por conta das prioridades políticas, que não chegam até elas”, criticou a deputada federal eleita Daiana Santos (PCdoB), uma das palestrantes.
Outro tema abordado foi a inseguridade indígena com o avanço do garimpo ilegal - principal tema da política nacional na última semana. “O garimpo que ocorre hoje não é mais aquele garimpo artesanal, não é aquele garimpo dos anos 80. É uma atividade organizada altamente impactante para o meio ambiente, despejando uma grande quantidade de mercúrio do território amazônico. Por trás desses garimpeiros existem empresas muito grandes minerando garimpo na Amazônia”, descreveu Diogo Rocha, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A programação do evento para esta terça-feira (24) e para o restante da semana pode ser conferida no site oficial do Fórum Social Mundial
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