Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

ELEIÇÕES 2022

- Publicada em 25 de Maio de 2022 às 17:07

Indefinição de Manuela está ligada à dificuldade em alinhar frente ampla de Lula no RS

Manuela aguarda o desenrolar das alianças de esquerda para bater o martelo sobre o Senado

Manuela aguarda o desenrolar das alianças de esquerda para bater o martelo sobre o Senado


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Fernanda Crancio
Embora figure bem colocada nas pesquisas recentes de intenção de votos para o Senado gaúcho, a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) ainda não manifestou publicamente a intenção de entrar na disputa. Mesmo já tendo sido oficialmente convidada a compor a chapa majoritária encabeçada pelo pré-candidato petista ao governo, deputado Edegar Pretto, a comunista espera para ver se será possível formar uma ampla frente de esquerda no Estado, a exemplo da já consolidada nacionalmente em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para bater o martelo.
Embora figure bem colocada nas pesquisas recentes de intenção de votos para o Senado gaúcho, a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) ainda não manifestou publicamente a intenção de entrar na disputa. Mesmo já tendo sido oficialmente convidada a compor a chapa majoritária encabeçada pelo pré-candidato petista ao governo, deputado Edegar Pretto, a comunista espera para ver se será possível formar uma ampla frente de esquerda no Estado, a exemplo da já consolidada nacionalmente em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para bater o martelo.
Sete legendas compõem a base de apoio de Lula até o momento- PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade-, formando a mais ampla união de todas as campanhas nacionais na qual o petista participou até hoje. Além disso, passou a valer oficialmente também a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), federação partidária que reúne PT, PCdoB e PV, aprovada nesta terça-feira (24) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A união, que deverá perdurar pelos próximos quatro anos, foi a primeira reconhecida pela Justiça Eleitoral desde a permissão das federações pela Reforma Eleitoral do ano passado.
Pesa para o atraso da decisão de Manuela também as dificuldades que as legendas do campo de esquerda têm tido para reunir forças em torno de uma só candidatura ao governo estadual. Prova disso é o fato de que tanto Pretto quanto o pré-candidato Beto Albuquerque (PSB) não abrem mão de concorrer ao Piratini para compor a aliança e fechar questão, mesmo que nacionalmente os socialistas já estejam ao lado de Lula com Geraldo Alckmin, recém-filiado ao PSB, como pré-candidato a vice.
Internamente, lideranças do PCdoB e figuras próximas de Manuela acreditam que ela possa anunciar sua decisão nos próximos dias, talvez ainda ao longo da semana que vem. No entanto, o presidente estadual da sigla, Juliano Roso, julga prematuro um desfecho neste momento, já que a intenção é conseguir aglutinar no Estado todas as sete legendas que compõem a aliança nacional em torno do nome de Lula. "É cedo para anúncios, estamos trabalhando alinhados ao espectro político da campanha de Lula para que essa aliança se reproduza no Rio Grande do Sul. Acreditamos muito nesta frente ampla e estamos trabalhando por essa unidade partidária também aqui. Em isso se dando, as peças de encaixam", explica o dirigente.
Por ora, PSB e PSOL mantêm Beto e o vereador da Capital Pedro Ruas como pré-candidatos, respectivamente, o que tende a inviabilizar a reprodução da frente ampla nacional por aqui. Roso enfatiza no entanto, a disposição de Manuela de trabalhar pela busca dessa unidade.
"Como isso vai se dar, depois a gente vê. O que não podemos é reproduzirmos o que ocorreu na eleição de 2018, quando dois candidatos de centro-direita foram para o segundo turno - referindo-se à eleição anterior ao governo, entre Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que garantiu a vitória do tucano ao Piratini-. Temos de ter um movimento amplo pela unidade nacional e sustentá-la também aqui no Estado", completa.
Se não se lançar ao Senado, é levantada ainda a hipótese de Manuela voltar a concorrer à Assembleia Legislativa, onde já foi campeã de votos, e ajudar a fortalecer tanto o PCdoB quanto a candidatura de Pretto e Lula no Estado. Na pior das hipótese, outros segmentos do partido não descartam, no entanto, a possibilidade de que ela, considerada a principal liderança regional da sigla, fique de fora do pleito de outubro, participando ativamente como militante. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO