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Partidos

- Publicada em 15 de Março de 2022 às 21:51

Tesoureiro do PSDB cobra 'ética' de Leite por possível troca de partido

Ato de lançamento do Programa Avançar na Comunicação do governo do Estado
Na foto: Eduardo Leite

Ato de lançamento do Programa Avançar na Comunicação do governo do Estado Na foto: Eduardo Leite


/LUIZA PRADO/JC
A negociação do governador Eduardo Leite (PSDB) com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que convidou Leite para concorrer à presidência da República pelo seu partido, tem causado indignação entre os tucanos. Segundo o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo, a provável saída de Eduardo Leite do partido será um "desastre financeiro".
A negociação do governador Eduardo Leite (PSDB) com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que convidou Leite para concorrer à presidência da República pelo seu partido, tem causado indignação entre os tucanos. Segundo o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo, a provável saída de Eduardo Leite do partido será um "desastre financeiro".
Leite e Kassab se reuniram na manhã desta quinta-feira, em São Paulo. Eles estariam próximos de chegar a um acordo. Em dezembro, Eduardo Leite foi derrotado pelo governador de São Paulo, João Doria, nas prévias tucanas que definiram o candidato ao Palácio do Planalto. Entretanto, uma ala do PSDB tenta impedir a candidatura de Dória.
Gontijo lembrou que o governador gaúcho recebeu R$ 1,2 milhão da legenda para disputar as prévias contra o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio e Doria. "As prévias custaram R$ 10 milhões e só aconteceram porque Eduardo Leite se comprometeu a ficar na legenda se perdesse. É uma questão ética. Por isso fizemos esse investimento. Ele vai enterrar a carreira se sair do PSDB. Quem vai acreditar em Eduardo Leite depois disso?", criticou Gontijo ao Estadão.
Ainda segundo o tesoureiro, o governador do Rio Grande do Sul até agora não chamou a direção do partido para conversar. Leite não retornou o contato da reportagem até o fechamento desta edição.
Hoje, Kassab e Leite estarão juntos novamente em Porto Alegre, no evento de filiação da ex-senadora Ana Amélia ao PSD. Ela, que é secretária de Relações Federativas e Internacionais do Rio Grande do Sul, sai do PP.
Integrante da executiva nacional do PSD, o sindicalista Ricardo Pattah, presidente da UGT, disse que a legenda vai estender o "tapete vermelho" para Leite e defendeu o governador das críticas dos tucanos. "Sou contra qualquer patrulhamento ideológico. Como dizia Tancredo Neves, política é como nuvem. Se ele não está à vontade no PSDB, tem uma janela partidária que permite mudar", afirmou Pattah. A expectativa da cúpula do PSD é que Leite formalize a adesão à sigla na semana que vem.
Ontem, Leite tinha encontro marcado com integrantes do PSDB que o apoiaram nas prévias, como o senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado federal Aécio Neves (MG).
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