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Política

- Publicada em 08 de Dezembro de 2021 às 20:30

Leite propõe reajuste de 32% ao magistério gaúcho

Governador Eduardo Leite detalhou proposta aos partidos da base aliada em reunião no Galpão Crioulo

Governador Eduardo Leite detalhou proposta aos partidos da base aliada em reunião no Galpão Crioulo


/Gustavo Mansur/Palácio Piratini/JC
Vanessa Ferraz
O governo estadual apresentou na manhã desta quarta-feira (8) a proposta de reajuste ao piso do magistério em 32% para deputados da base aliada e entidades. O Poder Executivo justifica que a matéria tem como função garantir a manutenção de pagamento do piso nacional, preservando a estrutura de classes e níveis de carreira do plano aprovado pela Assembleia Legislativa em 2020.
O governo estadual apresentou na manhã desta quarta-feira (8) a proposta de reajuste ao piso do magistério em 32% para deputados da base aliada e entidades. O Poder Executivo justifica que a matéria tem como função garantir a manutenção de pagamento do piso nacional, preservando a estrutura de classes e níveis de carreira do plano aprovado pela Assembleia Legislativa em 2020.
Partindo do ponto central para absorção do reajuste é como foi reformulado o plano de carreira, o que antes os professores ganhavam de forma descentralizada em vantagens adquiridas ao longo do tempo foi centralizada em duas formas de receita: a parcela autônoma e a parcela de irredutibilidade que centralizou as vantagens adquiridas.
Acontece que o reajuste que está sendo proposto não incidirá de forma igual para todos os servidores porque levará em conta a parcela de irredutibilidade, ou seja, esse professor vai ter o reajuste absorvido ao completivo do que já recebe através desta receita.
Com a proposta, o aumento médio efetivo para professores em sala de aula, compondo cerca de 60 mil profissionais ativos, será de 22,5%, mais do que a variação do INPC (19,5%) acumulado desde o início de 2019. No caso dos inativos com paridade, o aumento é menor, com reajuste efetivo médio de 6,15%, tendo em vista que tais profissionais tendem a ter parcela de irredutibilidade em maior valor.
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, se disse insatisfeita com a proposta, que segundo ela, não foi construída junto com a entidade, mas apenas comunicada.
"O dinheiro já é do servidor, vai tirar da parcela autônoma para completar o salário, mas de 30 mil aposentados não terão um centavo de aumento", ressalta. Outra problemática apontada por ela, é que o aumento não abrange os demais funcionários de escola que já recebem o equivalente a metade do piso e que tem seu salário ajustado com um complemento que tem como base o piso regional que também está em defasagem.
A deputada Sofia Cavedon (PT) que acompanha as reivindicações do Cpers para o reajuste do magistério e ajuda a promover o debate legislativo, diz que a proposta do governo é inaceitável: "Mais uma vez não está se pagando o piso na base da carreira, isto retira dos funcionários e achata ainda mais os salários da educação", afirma.
A presidente do Cpers relata que, nesta quinta-feira (9), o sindicato terá um encontro com os deputados estaduais sobre o tema e que, no próximo dia 14, será feito um ato público em frente ao Palácio Piratini reivindicando aumento igualitário para todos.
O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, que esteve na reunião juntamente com o procurador-geral do Estado, Eduardo Costa, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e a secretária de Educação, Raquel Teixeira, e demais autoridades e entidades, rebate as críticas dizendo que há meses que o governo estabelece um diálogo com o Cpers, de forma transparente, mas que hoje o governo está em um processo de reconstrução do Estado que leva tempo, e que por este motivo não consegue satisfazer de forma ampliada este aumento para todos, conforme a vontade da categoria. "A proposta é o resultado do que acreditamos entre o equilíbrio fiscal e o reajuste segundo o plano de carreira do magistério", explica.
O impacto dessa proposta nas finanças estaduais será de R$ 650 milhões, somado aos demais pagamentos anunciados para a categoria do programa Avançar que inclui bolsas para aperfeiçoamento e mais a contratação de 4 mil professores para a rede, estimando um valor em torno de R$ 1,1 bilhões que equivale a um mês de folha de pagamento, segundo o secretário.
O subsídio de entrada na carreira para o regime de 40 horas, em licenciatura plena, sem considerar possíveis adicionais, passará de R$ 3.030,53 para R$ 4.000,30, sendo apresentada a tabela atualmente vigente é aquela proposta no projeto de lei.
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