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governo federal

- Publicada em 10 de Julho de 2021 às 11:08

Motociata reúne apoiadores de Bolsonaro em trajeto por Porto Alegre e Região Metropolitana

Com bandeiras do Brasil e vestindo verde e amarelo, apoiadores do presidente Bolsonaro organizaram percurso de moto

Com bandeiras do Brasil e vestindo verde e amarelo, apoiadores do presidente Bolsonaro organizaram percurso de moto


DIEGO NUÑEZ/ESPECIAL/JC
Em agenda no Rio Grande do Sul desde sexta-feira (9), o presidente da República, Jair Bolsonaro, reuniu milhares de militantes para um passeio de moto em Porto Alegre na manhã deste sábado (10). Conhecida como motociata, a comitiva de apoiadores do presidente começou a se concentrar desde o início da manhã na sede da Fiergs.
Em agenda no Rio Grande do Sul desde sexta-feira (9), o presidente da República, Jair Bolsonaro, reuniu milhares de militantes para um passeio de moto em Porto Alegre na manhã deste sábado (10). Conhecida como motociata, a comitiva de apoiadores do presidente começou a se concentrar desde o início da manhã na sede da Fiergs.
Por volta das 9h, Bolsonaro deixou Bento Gonçalves, onde passou a noite, em um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), chegando na capital gaúcha por volta das 9h45min. Às 10h, deixou a Fiergs e tomou a Av. Assis Brasil, liderando a comitiva de motoqueiros em direção a BR-290, onde então pegou a BR-116 em direção a Canoas, virou à esquerda na BR-386 e retornou na BR-488 de volta em direção a Porto Alegre para acessar a Av. Castelo Branco.
O roteiro inclui Mauá, João Goulart, Edvaldo Pereira Paiva, Padre Cacique, Diário de Notícias, seguindo depois pela Icaraí, Padre Cacique, Praia de Belas, Ipiranga, João Pessoa, Castelo Branco e Assis Brasil até retornar para a Fiergs. Dois helicópteros acompanharam o percurso. Nas imediações da João Pessoa, o barulho dos motores da aeronave chamou a atenção de pessoas que foram às janelas bater panela e protestar contra o presidente, gritando "Fora Bolsonaro" e "Genocida".
Ao final do roteiro, o presidente se dirige à Casa NTX, na Zona Norte, onde tem agenda com o prefeito Sebastião Melo (MDB) em um almoço com empresários gaúchos. No encontro, Melo irá, entre outras coisas, discutir as medidas para o transporte público que propõe a Porto Alegre.
A motociata não chega a ser uma novidade. Bolsonaro tem repetido o ato em várias capitais brasileiras. Desta vez, porém, o ato acontece em meio a um dos momentos de maior crise do atual governo, com a CPI da Covid denunciando escândalos de corrupção na aquisição de vacinas por parte do Ministério da Saúde.

Deputado gaúcho quer saber custo da motociata de Bolsonaro para cofres públicos do RS

O deputado estadual Fábio Ostermann (NOVO) protocolou na sexta-feira (9) pedido de informações ao Governo do Estado para saber quanto custará aos cofres públicos do Rio Grande do Sul a “motociata” do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com informações, o evento irá mobilizar centenas de agentes de segurança pública.
“É importante ressaltar que não se trata de um evento oficial do Governo Federal, mas de um ato político de campanha eleitoral antecipada de Jair Bolsonaro. Queremos saber quanto irá custar a estrutura de segurança pública da motociata para o bolso do pagador de impostos gaúcho”, afirma Ostermann.
Em São Paulo, a motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão, com a mobilização de 6,3 mil policiais, conforme dados oficiais do governo paulista. Já no Rio de Janeiro, o evento teria custado R$ 485mil.

Mulher presa por bater panela contra Bolsonaro, denuncia vereador

"ABUSO POLICIAL! Uma cidadã de Porto Alegre acabou de ser PRESA por bater panela, enquanto acontecia a motociata de Bolsonaro", denuncia, em sua conta pessoal no Twitter, o vereador Matheus Gomes (PSOL), de Porto Alegre.
O parlamentar publicou um vídeo amador que mostra uma mulher sendo detida por dois policiais militares da Av. João Pessoa, próximo à redenção. A voz da pessoa não identificada que faz a gravação do vídeo expressa espanto e indignação: "Presa por bater panela. O que é isso? Não pode ser verdade".
Gomes também protesta: "Isso é um absurdo! É repressão ao direito de manifestação! Acabei de conversar com pessoas que presenciaram o fato e estamos vendo como auxiliar", exclamou. Segundo ele, se articulou a ida de uma advogada para o Palácio da Polícia e a cidadã foi liberada e passa bem.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se manifestou sobre o ocorrido, também via Twitter: "O Estado irá apurar com rigor as condições em que se deu o recolhimento de manifestante hoje em Porto Alegre."
Segundo ele, este que teria sido o "único incidente" ocorreu "diante de ameaças de agressão e desacato a policiais".