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Política

- Publicada em 06 de Julho de 2021 às 20:29

Assembleia aprova PEC da concessão de Unidades de Conservação em 1º turno

Jardim Botânico de Porto Alegre estará entre os primeiros editais

Jardim Botânico de Porto Alegre estará entre os primeiros editais


MARIANA CARLESSO/JC
Marcus Meneghetti
Os deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (6) - com 49 votos favoráveis e um contrário - o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabiliza a concessão das Unidades de Conservação (UCs) à iniciativa privada no Rio Grande do Sul. Durante a discussão da matéria na sessão plenária híbrida, a PEC recebeu um substitutivo, proposto pelo próprio líder do governo, Frederico Antunes (PP), e outros parlamentares. A mudança no texto galvanizou os votos do governo e da oposição em torno da matéria. Apenas Luciana Genro (PSOL) votou contra as concessões.
Os deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (6) - com 49 votos favoráveis e um contrário - o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabiliza a concessão das Unidades de Conservação (UCs) à iniciativa privada no Rio Grande do Sul. Durante a discussão da matéria na sessão plenária híbrida, a PEC recebeu um substitutivo, proposto pelo próprio líder do governo, Frederico Antunes (PP), e outros parlamentares. A mudança no texto galvanizou os votos do governo e da oposição em torno da matéria. Apenas Luciana Genro (PSOL) votou contra as concessões.
Inicialmente, a PEC apenas retirava do artigo 259 da Constituição do Estado o excerto que estabelecia a inalienabilidade e a proibição de concessão ou cedência, bem como qualquer atividade ou empreendimento público ou privado nas UCs. A oposição reclamou que, sem essa passagem, as áreas protegidas ficavam sujeitas, inclusive, à privatizações.
Com o substitutivo, o artigo 259 passou a dizer o seguinte: "as unidades estaduais públicas de conservação são consideradas patrimônio público é inalienável, permitidas concessões para a iniciativa privada, atividades ou empreendimentos públicos ou privados, cuja gestão deverá observar o princípio da sustentabilidade e respeitar seus planos de manejo". A mudança no texto original foi aprovada por 46 votos a três.
O líder do governo, Frederico Antunes (PP), explicou que o "Executivo estadual quer que haja a possibilidade de investimentos por concessões à iniciativa privada em alguns dos seus parques: Delta do Jacuí, Tainhas, Turvo, Jardim Botânico e Caracol, por exemplo". Ele relatou ainda que o substitutivo foi construído junto com a oposição, que considerava que o texto original deixava margem para a venda das UCs.
Luiz Fernando Mainardi (PT) anunciou que os petistas votariam a favor da medida graças às alterações na PEC. "Hoje, através da conversação com a Casa Civil (comandada por Artur Lemos, PSDB) e o líder do governo, Frederico Antunes, conseguimos produzir este texto (do substitutivo). Por um lado, ele garante ao governo o que ele quer: que haja uma dinamização dos parques. Por outro, garante a nós que (as unidades de conservação) não serão objeto de negociação futura, fundamentalmente no que diz respeito à alienação."
A PEC precisa ainda ser aprovada em segundo turno, com três quintos dos votos do plenário (no mínimo, 33 deputados). Como a votação em segundo turno precisa esperar, pelo menos, três sessões plenárias, a expectativa é que ocorra na segunda quinzena de agosto, depois do recesso parlamentar - que vai de 17 a 31 de julho.
Os primeiros editais do Estado serão do Delta do Jacuí, Tainhas, Turvo, Jardim Botânico e Caracol.
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