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Política

- Publicada em 28 de Agosto de 2020 às 13:03

Procuradoria-Geral pede prisão de Witzel, mas ministro do STJ nega

Acesso às dependências do governo está proibido, mas Witzel pode ficar na residência oficial

Acesso às dependências do governo está proibido, mas Witzel pode ficar na residência oficial


WILSON DIAS/ABR/JC
Agência Estado
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir a prisão do governador do Rio Wilson Witzel (PSC), no âmbito da operação "Tris in Idem", desencadeada na manhã desta sexta-feira (28) mas o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não acolheu a solicitação. O entendimento de Benedito Gonçalves é o de que seria suficiente o afastamento de Witzel do cargo "para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro".
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir a prisão do governador do Rio Wilson Witzel (PSC), no âmbito da operação "Tris in Idem", desencadeada na manhã desta sexta-feira (28) mas o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não acolheu a solicitação. O entendimento de Benedito Gonçalves é o de que seria suficiente o afastamento de Witzel do cargo "para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro".
O ministro ainda determinou que o governador afastado poderá permanecer na residência oficial e ter contato com o pessoal e serviços imediatamente a ela correspondentes, mas proibiu o acesso de Witzel às dependências do governo do Estado e a sua comunicação com funcionários e utilização dos serviços. Segundo Gonçalves, as medidas foram tomadas para impedir a reiteração de crimes e para garantir o aprofundamento das investigações.
O magistrado considerou que, com o afastamento, Witzel deixa de ter poder para "liberação de recursos e contratações em tese fraudulentas", nomear secretários e demais servidores, revisar atos praticados anteriormente (como a reclassificação da Unir), ou liberar recursos. A medida "ainda faz cessar o interesse dos grupos criminosos em efetuar pagamentos em troca de promessas ou efetivos benefícios em contratações públicas", diz o ministro
Segundo a decisão de Benedito Gonçalves, ao pedir a prisão preventiva de Witzel, o Ministério Público afirmou: "as condutas do governador Wilson José Witzel são totalmente incompatíveis com o comportamento exigível de um agente político no exercício de um cargo de tamanha relevância em nossa democracia, principalmente em situações de extremo sofrimento para a sociedade como a pandemia da Covid-19. Nem mesmo o caos social gerado pelo referido vírus foi suficiente para fazer cessar a ânsia criminosa do Governador e da organização criminosa por ele liderada, situação que denota a extrema gravidade, periculosidade e censurabilidade de suas condutas, exigindo resposta série e hábil a restituir o mínimo de ordem pública, humanidade, dignidade e esperança ao povo do Rio de Janeiro".
Ao determinar o afastamento de Witzel, o juiz concluiu que durante as investigações da Operação Favorito, da Mercadores do Caos e Placebo foram colhidos "elementos que comprovam a materialidade e indícios suficientes de autoria" em relação a Witzel e mais seis quanto aos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais.

Defesa

A defesa do governador Wilson Witzel disse em nota que "recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis".
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