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Crise na Amazônia

- Publicada em 22 de Agosto de 2019 às 21:57

Macron chama países do G-7 para discutir queimadas

Inpe registrou alta de 84% em focos de fogo no País em relação a 2018

Inpe registrou alta de 84% em focos de fogo no País em relação a 2018


/cbmro/divulgação/JC
O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou a situação das queimadas na Amazônia de "crise internacional". Ele afirmou que o tema deve ser discutido em reunião desta semana no G-7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou a situação das queimadas na Amazônia de "crise internacional". Ele afirmou que o tema deve ser discutido em reunião desta semana no G-7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
De 1 de janeiro até essa terça-feira, 20 de agosto, foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
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"Nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica - o pulmão do nosso planeta, que produz 20% do oxigênio do nosso planeta - está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem daqui a dois dias", escreveu Macron em duas publicações seguidas, em francês e inglês, nas redes sociais.
Junto do comentário, Macron utilizou a hashtag #ActForTheAmazon ("aja pela Amazônia") em vez de #PrayforAmazon ("reze pela Amazônia"), mais popular nas redes sociais.
Além de chamar a atenção para um incêndio sem precedentes que devasta diferentes pontos da Amazônia há vários dias, o governo francês também anunciou que vai desembolsar € 9 milhões em um programa de preservação ambiental específico para a Amazônia.
O programa foi divulgado pelo chanceler francês Jean-Yves Le Drian, considerado um dos braços direitos de Macron. "A França está muito preocupada com os numerosos incêndios, de magnitude sem precedentes, que afetaram a floresta amazônica há várias semanas", disse Le Drian.
Em julho, Le Drian esteve no Brasil, mas não conseguiu se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo: o presidente preferiu cortar os cabelos em vez de cumprir a agenda oficial.
O anúncio de ajuda financeira da França é mais uma tentativa de apoio oferecido por um país europeu em prol da maior floresta tropical do planeta.
Na semana passada, Alemanha e Dinamarca suspenderam os repasses que faziam ao Fundo Amazônia (que financiava ações de preservação) por causa do aumento do desmatamento na floresta.
Sem apresentar provas nem indicar entidades suspeitas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem dito que organizações não governamentais (ONGs) podem estar por trás de incêndios criminosos, o que foi rebatido pelas entidades.
"A declaração é, antes de tudo, covarde, feita por um presidente que não assume seus atos e tenta culpar terceiros pelos desastres ambientais que ele mesmo promove no País", disse o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini.

Cidades brasileiras terão protestos em favor da floresta amazônica

Diversas cidades do País deverão sediar, nos próximos dias, atos em protesto contra as queimadas que vêm atingindo a floresta amazônica no Brasil. Atos estão previstos em cidades como Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Manaus, Curitiba, Brasília, Juazeiro do Norte, Recife, Fortaleza, Natal, entre outras.
Na Capital gaúcha, uma manifestação batizada de "Salvem a Amazônia!", marcada para este sábado (24), às 15h, na Redenção, já conta com mil confirmações e 1,9 mil pessoas confirmadas em sua página no Facebook. "A maior floresta tropical do mundo está queimando, a maior biodiversidade do mundo está morrendo e absolutamente NADA está sendo feito à respeito!", diz o texto.
Em São Paulo, os atos estão marcados para esta sexta-feira (23), em frente ao Masp, na Avenida Paulista. O Rio de Janeiro também terá protestos na sexta-feira, na Cinelândia, e no domingo, na Praia de Ipanema.
Diversas ONGs europeias também organizam protestos em frente a embaixadas brasileiras, incluindo capitais como Londres, Lisboa, Madri, Paris e outras capitais.
 

Câmara criará comissão para apurar problema

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em seu perfil pessoal no Twitter que a casa vai criar uma comissão externa para acompanhar o problema das queimadas que atingem a Amazônia. Além disso, o parlamentar também informou que também vai realizar uma comissão geral nos próximos dias para avaliar a situação e propor soluções ao governo. "É importante para mantermos forte nossas exportações do agronegócio e preservar o nosso meio ambiente", disse Maia.