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Política

- Publicada em 28 de Outubro de 2018 às 10:44

Eleitores saem do interior da França para votar para presidente do Brasil

Gláucia saiu de Orléans e foi votar enrolada na bandeira do Brasil

Gláucia saiu de Orléans e foi votar enrolada na bandeira do Brasil


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Os brasileiros que votam em Paris mostram neste domingo (28) que as distâncias não são barreira para exercer o seu dever cívico. Muitos dos que residem no interior viajaram para a capital para não deixar de digitar o voto na urna eletrônica. Nesta época do ano, o frio já chegou com mais intensidade. Neste domingo (28), a temperatura média é de 5 graus na capital, que fica quatro horas à frente do horário de Brasília. O local de votação registrou filas. São cerca de 11 mil aptos a votar.
Os brasileiros que votam em Paris mostram neste domingo (28) que as distâncias não são barreira para exercer o seu dever cívico. Muitos dos que residem no interior viajaram para a capital para não deixar de digitar o voto na urna eletrônica. Nesta época do ano, o frio já chegou com mais intensidade. Neste domingo (28), a temperatura média é de 5 graus na capital, que fica quatro horas à frente do horário de Brasília. O local de votação registrou filas. São cerca de 11 mil aptos a votar.
A vendedora Gláucia Frene, de São Paulo, e há 22 anos anos residindo na França, saiu cedo de Orléans para votar na capital. Esse deslocamento é exigido de todos os brasileiros, pois as urnas se concentram na capital.
Eleitora de Jair Bolsonaro (PSL), Gláucia se enrolou em uma bandeira do Brasil para exercer o voto. Ela reside há 28 anos no país. Sobre a escolha, a vendedora diz: "Sou de direita, liberal, em favor do livre mercado, defendo os valores da família e quero mais medidas para melhorar a segurança e a educação, que não pode ter partido".
Gláucia refuta críticas de opositores de que Bolsonaro seja racista e fascista e atribui muitas declarações do capitão do Exército ao "jeito mais informal de ser, do "interior" do candidato. "Aqui na França se diz que uma pessoa como ele 'fala alto o que todo mundo fala baixo'", defende ela, sobre o candidato a presidente. Mas ela admite que Bolsonaro deveria "fechar a boca sobre certas coisas".
Há casos de quem votou pela primeira vez desde que se mudou ao país. A gaúcha de Porto Alegre e mediadora social Paola Rodrigues participa da primeira eleição. Ela saiu com o amigo brasileiro do Rio de Janeiro Eduardo da Mata Fonseca de Lyon, no sul do país, para poder votar. Serão 12 horas entre vinda e volta para casa. Os dois pegaram ônibus de madrugada na cidade distante 423 quilômetros e chegaram às 9h na rua Cléry, na região central de Paris para votar.
"Não votei no primeiro turno porque Lyon é muito longe e para economizar e vir agora. Estou exercendo a minha cidadania, nossos direitos e vim votar com amor", disse a jovem de Porto Alegre, há três anos residindo na França. A referência da eleitora sobre "votar com amor" indica a preferência por Fernando Haddad (PT).
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Alessandra votou pela primeira vez ao lado da amiga Karina em Paris. Foto Patrícia Comunello/Especial/JC
"Tô muito emocionada com a mobilização das pessoas aqui, o que não ocorreu antes. Isso mostra que quem está aqui tem consciência do que está em jogo no Brasil", afirma Paola, ao lado de Fonseca e outra brasileira que mora em Lyon Juliana de Noli, que faz mestrado em Comunicação.
Outra gaúcha que encontrou a mediadora social, Karina Paim, está há seis meses em Paris e ainda não vota. "Vim aqui para divulgar meu show e acompanhar os brasileiros", disse a jovem, que estava com chimarrão em mãos e teve de dividir a bebida típica dos gaúchos com muitos conterrâneos como Paola.
Alessandra Ribeiro, paulista que mora há sete anos no sul da França, votou pela primeira vez e foi ao local da votação com a amiga Karina Torres Madureira, que mora em Paris e já votou outras vezes. As duas são eleitoras de Haddad, mas admitem que será difícil o petista vencer. "Vamos resistir até o final, mas será importante continuar a luta depois", diz Alessandra.
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