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Eleições 2018

- Publicada em 07 de Agosto de 2018 às 15:43

Candidatos de esquerda Júlio Flores e Roberto Robaina abrem o primeiro dia do Painel Eleitoral ARI

Os jornalistas Filipe Peixoto, Ana Aguiar e Edieni Ferigollo conduziram as entrevistas a Julio Flores

Os jornalistas Filipe Peixoto, Ana Aguiar e Edieni Ferigollo conduziram as entrevistas a Julio Flores


Paulo Serpa Antunes/Especial/JC
"O objetivo é construir uma mobilização dos trabalhadores em direção a uma revolução socialista, que é o que nós precisamos". Foi assim que Júlio Flores, professor da rede municipal de ensino e candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo PSTU, se apresentou na abertura do Painel Eleitoral ARI, evento organizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) para ouvir propostas dos sete candidatos ao Palácio Piratini.
"O objetivo é construir uma mobilização dos trabalhadores em direção a uma revolução socialista, que é o que nós precisamos". Foi assim que Júlio Flores, professor da rede municipal de ensino e candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo PSTU, se apresentou na abertura do Painel Eleitoral ARI, evento organizado pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) para ouvir propostas dos sete candidatos ao Palácio Piratini.
No primeiro painel, que teve mediação da jornalista Edieni Ferigollo e perguntas feitas pelos repórteres Filipe Peixoto, da Band, e Ana Aguiar, da Rádio Grenal, o candidato reiterou a proposta do partido de colocar o poder decisório do Estado nas mãos dos trabalhadores, através da criação de Conselhos Populares.
Ao longo da entrevista, realizada na manhã desta terça-feira (7), o candidato do PSTU também não poupou críticas aos governos do Estado e federal. "Foi um crime o que o Sartori fez com a extinção das fundações. Do nosso ponto de vista elas precisam ser retomadas". Flores defendeu ainda a reestatização de empresas públicas e a suspensão do pagamento da dívida pública.
Questionado, ao final do encontro, sobre o fato de as ideias socialistas parecem não empolgar os jovens, Flores lembrou uma frase de Karl Marx, "as ideias dominantes numa época nunca passaram das ideias da classe dominante", e afirmou que ainda mensagem do partido ainda não foi compreendida pelos trabalhadores. O candidato acredita, no entanto, que movimentos como o da recente greve dos caminhoneiros foram um ensaio desta mudança, que ainda está por acontecer. "Temos muita paciência, muita paciência", afirmou.

Robaina afirma que objetivo do PSOL é empoderar a população

Ayres Cerutti, Fabio Berti, Edieni Ferigollo entrevistaram Roberto Robaina

Ayres Cerutti, Fabio Berti, Edieni Ferigollo entrevistaram Roberto Robaina


Paulo Serpa Antunes/Especial/JC
Roberto Robaina, por sua vez, acredita na mudança que vem através do voto: "nós lutamos para manter e atualizar bandeiras que são bandeiras históricas de classe trabalhadora, da juventude e da luta pelos direitos civis". O candidato do PSOL ao governo do Estado quer recuperar a representação das minorias . "Nosso projeto é um projeto de empoderamento popular", afirmou.
O vereador de Porto Alegre foi o segundo participante do Painel ARI de Jornalismo, realizado na tarde desta terça-feira na sede da Associação Riograndense de Imprensa. Respondendo aos questionamentos de Fabio Berti, diretor da emissora RDC TV e professor do curso de jornalismo do IPA, e de Ayres Cerutti, da revista Programa, Robaina afirmou que o desafio do PSOL "é chamar a ideia da mudança, chamar as pessoas a não depositar o voto naqueles projetos partidários que sempre governaram, porque acreditamos que a eleição é um momento importante para tentar mudar o jogo".
Ao longo de 1h15min, Robaina criticou as isenções tributárias concedidas pelo governo Sartori (MDB) a empresários, propôs um apoio maior aos pequenos e médios produtores rurais e ao cooperativismo e que o Banrisul atue com mais intensidade na concessão de crédito, entre outros temas.
Para uma plateia formada em sua maioria pro jornalistas, o candidato do PSOL também comentou a extinção da Fundação Piratini, que mantém a TVE e a FM Cultura: "Acho que a extinção precisa ser revista, e creio que a política de comunicação (do meu governo) tem que ser a de fortalecer a televisão pública". Para Robaina, poucos governos tiveram como política de comunicação valorizar a TVE. "Nunca vi a TVE realmente sendo usada pra ser um canal valorizado, ter a sua programação divulgada, buscando se transformar numa TV que consiga competir com as demais, afirmou.
O Painel ARI prosseguirá nesta quarta-feira, às 10h, ouvindo o candidato Jairo Jorge (PDT). Os entrevistadores serão os jornalistas Renato Dornelles, do Diário Gaúcho, e Patrícia Comunello, subeditora do Jornal do Comércio.